Em meio à pandemia da Covid-19, comerciantes de Araguaína/TO estão planejando um protesto “em prol da vida dos araguainenses e da economia”, diz a mensagem disseminada nas redes sociais.
O protesto está marcado para as 17h desta sexta-feira, 15. O banner não identifica quem são os organizadores do ato, mas orienta os empresários a fecharem as portas dos estabelecimentos às cinco da tarde, reunirem os colaboradores e fazer uma oração de joelhos na porta de cada loja.
Araguaína concentra a maioria dos infectados pelo novo coronavírus e também de óbitos pela doença no estado do Tocantins, com 434 casos confirmados até a manhã desta sexta-feira e 5 mortes.
A avenida Cônego João Lima, principal centro comercial da cidade, foi interditada pela prefeitura para evitar aglomerações. Em sua maior parte, o comércio está proibido de abrir as portas por força de decreto municipal. Ainda assim os comerciantes da cidade planejam um tipo de protesto que implique na aglomeração de colaboradores em frente às lojas para “orar pelo negócio local”.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público Federal (MPF) recomendaram aos comerciantes de todo o Estado que não pratiquem atos que impliquem em coação dos trabalhadores para que participem de atos públicos durante a pandemia. Caso os comerciantes o façam, a prática poderá configurar "ato ilícito e abusivo e ensejará a responsabilização do empregador, inclusive quanto à reparação por dano moral”, afirmaram os órgãos ministeriais.
A recomendação de ambos os ministérios também inclui a orientação para que proprietários de empresas que prestem serviços não essenciais evitem o trabalho presencial de funcionários durante a vigência dos decretos das prefeituras de Palmas, Araguaína e Governo do Estado.
A reportagem do Conexão Tocantins questionou a Prefeitura de Araguaína a respeito do protesto planejado para o fim da tarde desta sexta. Aguardamos posicionamento do Poder Público Municipal.
