Estado
Primeiro ano de Marcelo marcado por greves e problemas financeiros; 2015 foi de crise para prefeituras e poderes

O governo do Tocantins chega ao fim do primeiro ano engessado pelos problemas financeiros que pesam sobre a máquina administrativa e impedem o Estado de fazer novos investimentos. O governador Marcelo Miranda (PMDB) assumiu com a promessa de mudança, porém esbarrou num cenário desanimador deixado pela gestão anterior. Assim que assumiu dia 1º de janeiro, Marcelo encontrou uma folha de pagamento em aberto de mais de R$ 260 milhões e um saldo negativo de R$ 3 milhões em caixa, deixado pelo ex-governador Sandoval Cardoso (SD).

Marcelo assumiu com o desafio de fazer a mudança que os tocantinenses precisam e chegou ao Palácio Araguaia com a base de deputados estaduais ampliada, perto da maioria. Logo nos primeiros meses a ordem foi arrumar a casa e enfrentar de frente os problemas inclusive o rombo no Igeprev, em fase de investigação pela atual gestão.

De cara, o governo enfrentou a resistência dos sindicatos e entidades representativas dos servidores públicos já que teve que anular alguns benefícios concedidos no apagar das luzes da gestão anterior e ingressou com Ações Diretas de Inconstitucionalidade inclusive contra a promoção de policiais militares. O maior embate se deu com a Polícia Civil que entrou em greve fazendo com que a Polícia Militar assumisse os presídios. A greve afetou o atendimento nas delegacias e deixou o tocantinense com alguns serviços suspensos como o registro de boletim de ocorrência.

Com a intermediação da deputada federal, Dulce Miranda (PMDB) a categoria saiu da greve após mais de um mês de paralisação e com o compromisso do governo de que ia viabilizar dentro das condições econômicas do Estado. Logo após a greve da civil, foi a vez do Quadro geral  (em reivindicação pelo pagamento da data-base) e a greve na área da Educação que durou mais de um mês e deixou milhares de estudantes sem aulas. O impasse foi resolvido após o governo firmar compromissos de pagar parcelado compromissos que estavam atrasados desde 2013.

Em todo o Estado foram várias greves nos principais municípios e de várias categorias: Saúde, bancários, professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e até do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO). Por outro lado 2015 foi o ano que Palmas e Tocantins receberam os Jogos Mundiais Indígenas que reuniu público de vários países e ressaltou a cultura dos povos.

O governo começou desenquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal com relação aos gastos com pessoal e termina o ano da mesma maneira tanto é que não foi possível pagar o 13º Salário de todos os servidores estaduais.

LRF e Gastos

Na Assembleia Legislativa os gastos também aumentaram de um ano para o outro. Este ano a Casa de Leis pagou R$ 7 milhões com pessoal enquanto que ano passado a despesa ficou em R$ 69,8 milhões. O Tribunal de Contas, responsável pela análise de contas dos municípios e do Estado, também aumentou os gastos com servidores: foram R$ 52 milhões este ano contra R$ 48,1 milhões ano passado.

O poder judiciário também registrou acréscimo nos gastos e saiu de R$ 239 milhões em 2014, de janeiro a setembro, para R$ 257 milhões. Os gastos foram maiores também no Ministério Público Estadual que pagou este ano R$ 75 milhões de despesas de pessoal sendo que em 2014 foi apenas R$ 68,9 milhões.

No geral a queda na arrecadação prejudicou todos os poderes que tomaram várias medidas de contenção de despesas para enfrentar a crise.  Nas prefeituras o cenário não foi diferente e maioria dos prefeitos do Estado chegaram a fechar as portas em protesto à frustração de receitas este ano.

Outro marco deste ano no Estado foram as manifestações de vários grupos, seguindo a tendência nacional de manifestos contra o Governo Federal, só que em proporções menores.

Política

O ano politicamente foi agitado e marcado por embates na Assembleia Legislativa. Na Casa de Leis o governo manteve maioria durante todo o ano porém enfrentou várias críticas dos principais partidos da oposição. Na Casa de Leis, vários deputados também se enfrentaram em razão da situação política delicada do Governo Federal em meio à crise política e financeira.

Os deputados fizeram a Casa de Leis de palco para discussões dos principais assuntos que estavam em evidência no Estado e com base nisso realizaram dezenas de audiências públicas para discutir os assuntos.

O Governo do Estado continua afastado politicamente da senadora e ministra da Agricultura Katia Abreu (PMDB) e o deputado federal e ex-governador do Estado, Carlos Gaguim (PMB), que assumiu o comando do novo partido no Estado, tem sido o principal opositor.

Para 2016 já com o orçamento aprovado uma das perspectivas é que comecem a se afunilar as alianças políticas para as eleições municipais.

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