Durante a sessão ordinária da tarde desta quarta-feira, 29, o deputado Sargento Aragão (PPS) apresentou a lista com os candidatos aprovados no concurso que, segundo o secretário estadual da Segurança, Cidadania e Justiça, João Costa Ribeiro Filho, teria aprovado os delegados Adriano Carrasco e Celina Borges.
Os delegados tem sido constantes alvos de ataques principalmente do deputado Stálin Bucar (PR), por conta da citação do nome de seu filho, o advogado e ex-presidente do Naturatins, Stálin Beze Bucar na Operação Inconfidente, que investiga esquema de fraudes bancárias nas cidades de Miracema, Miranorte e Aparecida do Rio Negro.
De acordo com a lista do Cespe UnB, apresentada pelo deputado, sete candidatos foram aprovados no concurso para a cidade de Arraias, local para onde os delegados teriam sido classificados. Consta que, na lista dos classificados mostrada pelo deputado, não constam os nomes nem de Adriano Carrasco e nem de Celina Borges, tanto na cidade de Arraias, quanto em todas as outras. “Como é que um delegado pode ser aprovado na segunda etapa de um concurso, sendo que não passou nem pela primeira”, questionou.
Entenda
Durante a audiência pública realizada na última terça-feira, o secretário João Costa, convocado a participar, informou claramente que os delegados teriam sido aprovados regularmente no concurso público, aproveitando apenas os créditos da academia de polícia do Acre.
No entanto, conforme explicou o deputado do PPS, os delegados não poderiam ter sido aprovados na segunda etapa de um concurso, sendo que seus nomes não constam entre os aprovados da primeira etapa.
Os dois delegados presidiam a Operação Inconfidente, que investigava o esquema de fraudes, quando, depois de denúncia do deputado, foram afastados da presidência do inquérito. Contudo, continuam à frente da investigação que agora é presidida pela delegada Liliane Albuquerque. “A principal questão, é como eles podem, de forma tão rápida, assumir como delegados especiais”, completou.
