Polí­tica
Maioria dos deputados do Tocantins votou a favor da terceirização do trabalho
Foto:Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Dos oito deputados federais que compõe a bancada tocantinense no Congresso Nacional, sete participaram ontem da votação do Projeto de Lei que regulamenta a terceirização e o trabalho temporário no País (PL 4302/98).

Carlos Henrique Gaguim (PTN), César Halum (PRB), Irajá Abreu (PSD), Lázaro Botelho (PP) e Vicentinho Júnior (PR) foram a favor da aprovação do projeto. Apenas Josi Nunes (PMDB) e Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM) votaram contra a matéria. De licença médica até ontem, a  deputada Dulce Miranda (PMDB) não participou da votação.

A matéria foi aprovada nesta quarta-feira, 22, por 231 votos a 188. Foram registradas 8 abstenções. A votação ocorreu sob protesto dos partidos da oposição, principalmente PT, PCdoB e PSOL. 

Mudança 

O projeto aprovado permite, entre outras coisas, a terceirização até da atividade-fim de uma empresa ou seja, garante aos empresários o direito de fazer subcontratações para todos os setores de atividade de sua empresa. 

Atualmente a Justiça do Trabalho permite a terceirização apenas em atividades secundárias, conhecidas como atividades-meio, que não estão entre as principais atividades de uma empresa. Por exemplo; o ato de fabricar um objeto é uma atividade-fim. Pela regra atual, só atividades-meio, como limpeza, manutenção e vigilância, etc, são passíveis de terceirização. O tema vem sendo regulado pelo Tribunal Superior do Trabalho, através da súmula 331, de 2003.

Com a aprovação da nova lei as empresas poderão terceirizar quaisquer atividades, não apenas atividades acessórias da empresa. Desta forma, uma faculdade que antes só poderia contratar serviços terceirizados de limpeza, alimentação e vigilância, agora poderá também contratar professores terceirizados.

Trabalho Temporário

O projeto também regulamenta o trabalho temporário, aumentando de três para seis meses a sua duração, com possibilidade de extensão por mais 90 dias, chegando, desta forma, até a nove meses de trabalho temporário.

Apoiadores do projeto

Os defensores do projeto defendem que a existência de uma lei sobre o tema é fundamental para garantir segurança jurídica dos trabalhadores e empregadores. Eles também argumentam que, com a especialização do serviço, a produtividade aumentará. 

Opositores

Centrais sindicais e deputados da oposição criticam a aprovação da lei argumentando que a mesma precariza as relações de trabalho e contribuirá para o achatamento salarial.

Os opositores da nova lei argumentam que a nova legislação incentivará as empresas a demitirem trabalhadores que estão sob o regime CLT para contratar terceirizados, com remuneração menor.  Levantamento realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2015, mostrou que os terceirizados recebiam em média 30% a menos que os contratados diretos.

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) também é contra a nova lei e considera a liberação da terceirização de todas as atividades inconstitucional.

A nova lei seguirá para sanção do presidente Michel Temer. 

Confira como votaram os deputados tocantinenses:

Carlos Henrique Gaguim   (PTN) - Sim
César Halum (PRB) - Sim
Irajá Abreu  (PSD) - Sim
Josi Nunes  PMDB) - Não
Lázaro Botelho (PP) - Sim
Professora Dorinha Seabra Rezende    (DEM) - Não
Vicentinho Júnior    (PR) - Sim

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