Polí­tica
Eduardo Siqueira diz que dia é histórico, mas que não há “motivos para brasileiro comemorar”; deputada Amália avalia: "Último dia do respeito à democracia"
A deputada Amália Santana disse que o impeachment contra a presidente Dilma é um equívoco
A deputada Amália Santana disse que o impeachment contra a presidente Dilma é um equívoco

Alguns deputados estaduais aproveitaram a sessão desta quarta-feira, 11 de maio, na Assembleia Legislava do Tocantins, para comentar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que deve ser votado hoje, no Senado. Segundo o deputado Eduardo Siqueira Campos (DEM) “hoje é um dia histórico para o País". Para Eduardo Siqueira, entretanto, não há motivos para "nenhum brasileiro comemorar qualquer uma das coisas que fazem parte dos acontecimentos nacionais”, afirmou. 

O deputado lembrou contexto histórico, quando votou pelo impedimento do presidente Fernando Collor de Melo em 1992. "Um dia eu estava no plenário da Câmara dos Deputados e diversos partidos, dentre eles, partidos que hoje sofrem a mesma ação e depois de ouvir os arrazoados de todas as partes, eu proferi um voto em favor do impedimento de um presidente da República do País, o mais recente deles, há 24 anos ou 26 anos, se não estiver enganado, no dia 29 de setembro de 1992", afirmou. O parlamentar continuou: "Após um rito, diferente do que é o atual, algumas mudanças ocorreram, Itamar Franco assumiu, nomeou Ciro Gomes, nomeou Fernando Henrique Cardoso, foi feito o Plano Real, o Brasil voltou para a estabilidade e eu diria que o efeito daquele impedimento foi positivo para a história do Brasil", afirmou. 

O deputado Ricardo Ayres (PSB) subiu a tribuna para dizer que o dia é emblemático para o País. "Um dia em que, mais uma vez, a república se encontra através das suas representações políticas para decidir o futuro do País”, afirmou. De acordo com Ayres, o PSB fez reunião na semana passada para discutir o processo de impeachment e tirou a seguinte conclusão: “Acha absolutamente importante o impedimento do mandato da presidente Dilma, não para entregar o País a outro partido, no caso o PMDB, através do seu vice-presidente, Michel Temer. Mas como uma maneira de sentenciar a necessária e imprescindível limitação as práticas de corrução”, disse.

Ayres reconheceu conquistas que o Partido dos Trabalhadores trouxe para o País. “Sobretudo na área da educação, na transferência de renda, o que de fato trouxe uma nova perspectiva a brasileiros, sobretudo da Região Norte e Nordeste que não tinham perspectiva alguma dada a concentração de capital na região Sudeste do nosso País”, disse. Ayres ainda afirmou acreditar que Brasil amanhecerá melhor amanhã. "Mas acredito e tenho certeza que muito mais do que tirar uma presidente da República nós precisamos, de fato, fazer as reformas estruturais na política, na previdência, na matéria tributária para que a gente possa efetivamente ter um Brasil diferente", frisou. 

Amália Santana e José Roberto 

A deputada Amália Santana (PT), disse que o impeachment da presidente Dilma é um equívoco. "E nesse dia histórico gostaria de dizer que o meu entediamento, o impeachment da nossa presidente é um equívoco. Querem efetivamente cancelar o futuro de quem representa o povo deste País e assim comoGetúlio Vargas, João Goulart,e agora com o mandato popular da nossa presidente Dilma, querem chegar mais uma vez ao poder, sem voto. Hoje pode ser o último dia do respeito a democracia, infelizmente", avaliou. 

A deputada defendeu que o impedimento de uma presidente eleita "sem a caracterização de um crime de responsabilidade é casuísmo puro. Nós sabemos que pedaladas foram ações de todos os presidentes que antecederam, de todos os governadores, de todos os prefeitos, por que que só a presidente Dilma tem que pagar com o seu mandato?!", questionou. 

Para a deputada, eleição se ganha no voto. "Quem quer mandato vá buscar o voto assim como cada um de nós fomos para as ruas, tivemos a coragem de colocar o nosso nome à disposição, se dispor para a nossa comunidade, nossa sociedade avaliar. Entendo que mandato busque assim. Tenho orgulho de fazer  parte de fazer parte desse momento histórico, com minha posição firme e não poderia deixar de registrar aqui, mais uma vez, o impedimento da presidente é realmente um equívoco, injustiça e uma discriminação imensa ao nosso sexo feminino. Talvez se não fosse mulher, não teria passado por tantos constrangimentos, por tantas humilhações", afirmou. 

Ainda de acordo com a deputada Amália Santana a presidente Dilma provou que é resistente. "Poucos homens do Brasil teria a resistência dela. Nós vimos homens suicidar, nós vimos homens renunciar, mas a presidente está lá tranquila, serena", disse. 

O deputado José Roberto Forzani (PT) disse que todos os acontecimentos ficarão marcados na história. “A história não mente para a gente. Os fatos históricos é que dão condição para a gente compreender a realidade atual e na história da humanidade, em qualquer País, nunca existiu na história da humanidade um exemplo de qualquer organização de trabalhadores que fez aliança com a elite e se deu bem”, afirmou. José Roberto disse que sempre foi contrário à política de aliança atual do seu partido. 

O deputado José Roberto disse que o Partido dos Trabalhadores não perdoará o "golpe". "Nós vamos resistir! Não vamos aceitar o golpe! A deputada Amália Santana, brilhante petista, ela tem o coração bom e pode perdoar os golpistas mas a maioria do PT não vai perdoar nunca, não terão perdão os golpistas. Um por um nós sabemos quem são e vamos combater em todos os lugares. A decisão da maioria do PT é tratar os golpistas como inimigos", afirmou. 

Constrangimento 

Toinho Andrade (PSD) disse que a se presidente Dilma for afasta “quem mais vai perder em toda essa situação é o Estado do Tocantins porque o Estado do Tocantins hoje tem uma ministra da Agricultura (da Agricultura, Kátia Abreu). Uma ministra que trabalha pelo Brasil e trabalha pelo Tocantins”, afirmou. “Acredito que o que a ministra tem feito pelo Estado do Tocantins, acredito que nunca foi visto por Governo Federal nenhum”, frisou.

Para Toinho Andrade, “a presidente Dilma foi eleita por 54 milhões de brasileiros e sair da forma que realmente está prevista a saída da presidente Dilma é um constrangimento grande”, avaliou. 

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