Estado
Terra Palmas justifica que decreto visa regularizar seis quadras com 4.302 moradores e diz que mais de 300 mil m² foram destinados para entidades

Após vários questionamentos sobre sua atuação, a Terra Palmas encaminhou algumas informações ao Conexão Tocantins sobre questões polêmicas levantadas esta semana no legislativo estadual. Com relação ao questionamento acerca das áreas doadas para a prefeitura e aos movimentos sociais, destinadas a atenderem os programas habitacionais tais como: MCMV- Entidades, e MCMV- Faixa 2 e FAR, o que se deu através de chamada pública, realizada pela TerraPalmas, com cerca de mais de 300.000 m2 (trezentos mil metros quadrados), a autarquia informou que proporcionará a construção de mais de 8.000 (oito mil) unidades  habitacionais, as quais atenderão mais de 35.000 (trinta e cinco mil) pessoas, as quais, como consta no edital da referida chamada publica, serão transferidas a prefeitura de Palmas, às entidades sociais por meio do programa Minha Casa Minha Vida – Faixa 1 e para as empresas construtoras por meio do programa Minha casa Minha Vida – Faixa 2, habilitadas pelas Chamadas Públicas, visando a construção de Unidades Habitacionais Coletivas.

O Governo do Estado, por meio da TerraPalmas realizou tais Chamadas Públicas em abril. Conforme a Terra Palmas tais medidas foram adotadas no intuito de evitar a contaminação do que vem ocorrendo não só no Estado como a exemplo a nível nacional, onde o poder público, repassa terras públicas a entidades que não concluem ou sequer, iniciam os projetos e programas habitacionais, deixando o Estado inadimplente junto ao Governo Federal.

“Medida esta, que recentemente, em congresso nacional promovido pelo ministério das cidades, o Estado do Tocantins foi elogiado pela Secretária Nacional da Habitação, Inês Magalhães, como também a metodologia praticada pelo social,sendo inclusive, convocada a ministrar palestras, a nível nacional, sobre a mesma”, alega a pasta.

Justificativa do Decreto

A Terra Palmas respondeu também sobre o Decreto 5.138 de 30 de outubro de 2014  que foi alvo de questionamentos por parte do deputado estadual José Augusto Pugliese que chegou a acusar o governo de tentar se apropriar de terras.  

Segundo a Terra Palmas o Estado sofreu considerável perda de áreas antes de seu domínio, hoje restabelecida a particulares especuladores, impactando áreas e órgãos não só do Estado, como também da união e ainda parte de quadras devidamente alienadas pelas gestões anteriores, necessitando assim, promover sua regularização.

A Terra Palmas informou que esse processo iniciou-se no inicio do exercício de 2011, quando o Estado tomou ciência do impacto da referida Ação Discriminatória, o que após levantamentos georeferenciados constatou-se atingir principalmente as áreas onde estão implantados e edificados o Terminal Rodoviário de Palmas, Rodoshoping, Escola Fazendária, Secretaria Municipal de Infraestrutura, área do Atacadão, Chácaras do Baixo Tiúba, Universidade Luterana do Brasil-Ulbra, Universidade Católica, Estádio Nilton Santos, Cartódramo Rubens Barrichello, Aeroporto Internacional de Palmas, Sindicato Rural de Palmas, Cemitério, Exército, Marinha, com suas respectivas residências oficiais, Praia do Prata, Caju e Buriti, dentre outras, 86 quadras residenciais no Plano Diretor Urbanístico de Palmas.

As áreas a que se refere o Decreto são referentes à matrícula Nº 22.099, com um total de 806,0502 hectares que está impactando a ARSO 74 – Residência Oficial do Exército (com aproximadamente 168 habitantes), a Arso 75 – Residência Oficial da Marinha do Brasil (com 80 habitantes), a ARSO 102, 103 e 112 – Programas Habitacionais para Servidores Públicos do Estado (com aproximadamente 3.036 habitantes), a ARSO 92 – Destinada a Programa Habitacional Pró-Moradia (que atenderá 1.018 famílias), a Capitania dos Portos da Marinha do Brasil e ainda a Praia do Cajú.

“Com a recente conclusão do processo de georeferenciamento devidamente certificado pelo INCRA, estamos dando inicio a regularização fundiária nas áreas impactadas, onde promoverá a retificação das áreas ocupadas pelos órgãos e quadras residenciais, conforme dito, já ocupadas, para posteriormente, promover as competentes indenizações aos proprietários reestabelecidos”, informou.

A Terra Palmas reconhece que, pela sua complexidade, não se concluirá nesta gestão, mas “trata-se de dever institucional, darmos início às regularizações, pois estamos a pouco menos de 60 dias do fim do governo, podendo ainda, responder por improbidade, negligência ou omissão do nosso dever como gestor”, alegou.

Medida provisória

Com relação à Medida Provisória que também gera polêmica e tramita na Assembleia Legislativa a Terra Palmas explicou que visa atender as demandas sociais do Governo do Estado por meio da SCidades (cadastro de mais de 20 mil famílias), considerando a decisão na Ação Descriminatória do Ministro Gilson Dippy, na qual restabeleceu aos particulares 85% das áreas antes de domínio do Estado. “Trata-se de um projeto iniciado, ainda, no início do ano em curso, onde levou-se um grande lapso temporal, nos estudos e análises não só da viabilidade como da legalidade de tal ação”, explicou.

Para a Terra Palmas tratar-se de obrigação e dever constitucional a promoção de políticas públicas com o intuito de proporcionar ao cidadão o acesso à moradia digna, “projeto este que sabemos da não conclusão e execução ainda neste governo, mas como mencionado, dever do gestor público propor tais projetos”, concluiu.

Dados

A Terra Palmas informou que realizou mais de 10.000 regularizações urbanas, ou seja, legalizando os loteamentos consolidados e devidamente ocupados por seus legítimos detentores da posse, amparados pela Lei no 2758/2013 de 28 de agosto de 2013.

Duas licitações de lotes localizados dentro do perímetro urbano de Palmas, alienados de forma transparente, legal e inclusive com a participação dos corretores de imóveis, credenciados junto ao CRECI, foram realizadas por meio de convênio celebrado entre esta Companhia e o mencionado conselho, aprovada por diversos segmentos da sociedade civil. Foram ainda, emitidos mais de 590 (quinhentos e noventa) declarações de não propriedades, àqueles cidadãos que estavam com seus nomes incluídos na divida ativa, proposta pelo município , referente ao IPTU.

Mais de 750 (setecentos) declarações de água e energia, proporcionando o direito ao acesso dos respectivos serviços.2.786 (dois mil setecentos e oitenta e seis) termo de quitações, regularizando a situação de cada um, junto ao cartório de registro de imóveis, retirando assim as respectivas cláusulas resolutivas.

Veja Também

Os estandes que comercializam os pratos classificados para o FGT abrem às 18 horas, com oferta de receitas variadas e acessíveis a todo o...
O presidente do Sebrae, Décio Lima, afirma que iniciativa é uma ação do Brasil soberano, que abre novos caminhos...
Um relatório intitulado “PIB da Música”, divulgado com exclusividade pela Associação Nacional da Indústria da Música (ANAFIMA), revela que o setor musical brasileiro movimentou...
Objetivo é ampliar debate com parlamentares, especialistas e consumidores diante de riscos de monopólio e aumento de preços no setor pet...
Segundo a entidade, um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o percentual estimado de pessoas com deficiência visual...
O levantamento aéreo vai analisar a viabilidade de ocupações e subsidiar estudos para futuros processos de regularização fundiária...
O índice acumula queda de 1,35% no ano e alta de 3,03% nos últimos 12 meses. Em agosto de 2024, o IGP-M subira 0,29% no mês...
A demanda por essa ação específica em Formoso do Araguaia partiu de uma solicitação do prefeito daquele município, Israel Borges...
Ao todo, 1.884.035 contribuintes receberão R$ 2,92 bilhões. A maior parte do valor, informou o Fisco, será para contribuintes sem...
O julgamento terá ampla cobertura jornalística. A Corte recebeu 501 pedidos de credenciamento...
A estrutura do evento já está quase finalizada, segundo a gestão de Palmas: o palco, estandes, tendas e...
O vice-governador esteve presente em três importantes eventos no Tocantins: a festa alusiva ao Dia do Soldado, em Porto Nacional; a final da...
Bancos e instituições financeiras estão impedidos de aceitar novos contratos firmados apenas com a assinatura do representante legal...
Segundo o diretor-presidente da Infra S.A., o Brasil vive um momento de retomada na infraestrutura, com grandes oportunidades...
A taxa de desocupação corresponde ao percentual de pessoas que estão sem trabalho, mas em busca de uma oportunidade. Segundo...
A Vila Sertões estará no Centro de Convenções Arnaud Rodrigues, em Palmas (TO). A abertura da área de box para as equipes será no...
O projeto é coordenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e envolve quatro fases de atuação, incluindo esta etapa de serviços itinerantes...
A criação da cobrança seria para custear a malha viária municipal, sobrecarregada pelo aumento do tráfego após colapso da ponte entre...

Mais Lidas

Agenda Cultural

Articulistas

Atividade Parlamentar

campo

Esporte

Meio Jurídico

Patrocinado

Polícia

Sociedade em Foco

Universo Espiritual

Publicidade Institucional