A direção nacional do PMDB deve recorrer da liminar que devolveu o comando do partido ao deputado federal Júnior Coimbra no Tocantins na semana passada. A informação foi confirmada pelo ex-governador Marcelo Miranda ao Conexão Tocantins nesta segunda-feira, 3, que conversou com o presidente nacional da legenda, senador Valdir Raupp.
O Tribunal de Justiça concedeu liminar que reconduziu Coimbra para o comando do partido e suspendeu a dissolução por parte da instância nacional da legenda. O ex-governador Marcelo Miranda protocolou então um agravo regimental contra liminar mas o juiz Gilson Coelho Valadares negou. O instrumento usado pelo ex-governador não foi considerado cabível pelo juiz.
A liminar que beneficiou Coimbra veio justamente no dia em que a comissão provisória nomeada pela nacional e presidida por Miranda fez a primeira reunião para tratar dos assuntos do partido. Assim que retomou o comando do partido Coimbra afirmou ao Conexão Tocantins que ia trabalhar pela união do PMDB.
A possibilidade de aliança do partido com o governador Siqueira Campos (PSDB) foi um dos principais motivos que originou a crise no partido que começou com a renúncia coletiva por maioria dos membros da executiva. Após a retomada Coimbra não descartou a possibilidade do partido se aliar ao governo.
Está prevista também uma movimentação de alguns peemedebistas em Brasília nesta terça-feira, 4, para tratar do assunto.
Dívida
Em meio às divergências outra questão acirrou ainda mais o clima: a dívida de R$ 330 mil da legenda. Um levantamento feito a pedido de Marcelo Miranda mostrou que o partido contraiu a dívida nos últimos anos e que a situação se agravou com a suspensão dos repasses do Fundo Partidário.
Divisão
Coimbra tem ao seu lado os deputados estaduais Iderval Silva, José Augusto Pugliese, Ricardo Ayres e Vilmar do Detran já na ala adversária estão Marcelo, o ex-governador Marcelo Miranda, a deputada Josi Nunes além de vários peemedebistas históricos e prefeitos eleitos.
