A cassação do governador do Marcelo Miranda (PMDB) levada a cabo na madrugada da última sexta-feira foi bastante debatida na Câmara de Vereadores de Palmas nesta terça-feira, 30. O vereador Fernando Rezende (DEM), defendeu a necessidade da participação da sociedade organizada na discussão de um candidato à sucessão. De acordo com o vereador “mesmo a decisão sendo dos 24 deputados estaduais, para que haja uma tranquilidade política do Estado, a sociedade precisa participar do processo”, disse o vereador.
Já o vereador Ivory de Lira (PT), afirmou que a cassação é uma preocupação que está em todo o Estado. Segundo ele esta decisão da justiça trás transtorno para a população, principalmente em véspera de recesso. Faltando pouco mais de um ano para o encerramento do mandato, a decisão judicial, segundo Ivory, trará transtornos para a “oxigenação da economia do Estado”, afirmou. O vereador é contra a eleição indireta, para ele essa delegação para um colégio de 24 pessoas é contra a democracia.
O vereador Lúcio Campelo (PR) afirmou que o Estado não pode parar, pois os recursos que estão destinados para o Estado não deixarão de existir. Ele afirmou que é a favor de uma eleição direta. Já o vereador Bismarque do Movimento (PT) disse esperar que a cassação não se torne uma tragédia para o Estado. Ele colocou a questão como sendo totalmente política, e disse “atire a primeira pedra quem não tem pecado”. Com relação à eleição indireta Bismarque afirmou que é um resquício da Ditadura Militar.
Todos os vereadores se pronunciaram sobre o tema. Para o vereador Folha (PTN), uma eleição direta, ainda mais antecedendo um ano das eleições, só vai gerar mais gastos. “Os deputados foram escolhidos pelo povo, assim estão aptos a representá-los”, disse vereador.
O vereador Valdemar Júnior (DEM), afirmou que numa eleição há o perdedor e vencedor, mas num RCED (Recurso Contra Expedição de Diploma) não há vencedores, mas perdedores, neste caso o povo. “Temos obras importantes no Estado, e até o novo governador assumir, isso há pouco mais de um ano das novas eleições, só vem a prejudicar a sociedade”. argumentou. Valdemar também se disse a favor da eleição indireta.
Da redação com informações Dircom/CM Palmas
