Pela primeira vez em mais de dois anos, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) registrou uma redução mensal. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nessa terça-feira (26), que o indicador registrou queda de 0,14% em agosto. A última baixa havia sido de 0,07% em julho de 2023.
O novo resultado veio após inflação de 0,33% no mês passado. A deflação de agosto foi puxada pelo alívio na conta de luz com o desconto do bônus de Itaipu, que tende a ser revertido nas faturas já a partir de setembro. Outro fator que contribuiu para o resultado foi a queda de preço de alimentos e gasolina.
O anúncio foi celebrado pelo presidente do Sebrae, Décio Lima, que ressaltou que o indicador mostra que o trabalho integrado, coordenado pelo Governo Federal, está no caminho certo. “Há muitos desafios, considerando a conjuntura econômica internacional, mas a primeira queda da inflação é uma boa notícia que se soma a outras conquistas recentes, como a geração recorde de empregos e a saída do Brasil do Mapa da Fome”, comentou.
Matérias-primas mais acessíveis
A redução da inflação impacta positivamente nos custos de produção dos pequenos negócios, tornando mais acessíveis os preços de matérias-primas, insumos e serviços. “Inflação baixa incentiva o movimento do grande motor da economia brasileira, que são os pequenos negócios. Isso beneficia toda a população brasileira. As micro e pequenas empresas são responsáveis por mais de 97% do total de empresas e por 70% das vagas de emprego formais geradas no país. Se elas crescem, o Brasil cresce junto”, destaca Décio.
O índice do IBGE é composto por nove grupos de produtos e serviços. O resultado foi puxado principalmente pelas quedas nos preços de habitação (-1,13%), alimentação e bebidas (-0,53%) e transportes (-0,47%).
O IPCA-15 sinaliza uma tendência para o IPCA, o indicador oficial de inflação do país. Uma das diferenças entre os dois é o período de coleta das informações pelo IBGE. A apuração dos preços do IPCA-15 ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência.
