Economia
Mais da metade dos brasileiros não controlam gastos com cartão de crédito
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Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Offerwise, revelou um dado preocupante: 54% dos consumidores brasileiros não controlam os gastos mensais com cartão de crédito.

O estudo, que traça um panorama sobre os hábitos de consumo e endividamento da população, ainda mostra que 82% dos usuários que recorrem ao crédito rotativo não sabem qual é a taxa de juros cobrada. Entre os que afirmam conhecer esse número, a média estimada chega a 12% ao mês, uma taxa que pode comprometer o orçamento familiar de forma significativa.Cartão virou extensão da carteira

O cartão de crédito se tornou um dos principais meios de pagamento entre os brasileiros: 74% dos entrevistados utilizaram o cartão nos últimos 12 meses, sendo que 68% fazem uso mensal. Roupas, calçados e acessórios (51%) lideram a lista de compras, seguidos por supermercado (44%), eletrônicos (41%), medicamentos (38%) e eletrodomésticos (37%).

A pesquisa também mostra que 50% dos entrevistados preferem usar o cartão em compras online, enquanto 41% o utilizam quando o valor da compra é alto e 38% o recorrem por não terem dinheiro disponível para pagamento à vista, optando pelo parcelamento.

Quando perguntados sobre as vantagens do cartão, 52% destacaram a possibilidade de parcelar as compras, 34% a facilidade nas compras pela internet e 33% a chance de comprar mesmo sem saldo disponível.

Endividamento silencioso

Apesar da popularidade do cartão, a realidade financeira é preocupante. 13% dos entrevistados estão com ao menos uma fatura em atraso, e 28% já foram negativados por não conseguirem pagar a fatura. Ainda assim, a maioria (55%) afirma nunca ter pago apenas o valor mínimo da fatura, embora 14% admitam fazer isso quando necessário, prática que costuma agravar o endividamento.

Além disso, 82% dos entrevistados possuem ao menos um cartão, com média de dois por pessoa. Entre os motivos para manter mais de um, destacam-se o aumento do limite de crédito (44%), isenção de anuidade (42%) e possibilidade de melhores prazos de pagamento (34%). Os cartões são emitidos, principalmente, por bancos digitais (71%) e tradicionais (57%).O aumento do uso do crédito também tem gerado impactos em Palmas. Em junho de 2025, o número de dívidas em atraso na capital cresceu 7,20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da alta, o índice segue abaixo da média da região Norte (12,24%) e da média nacional (12,82%).

O destaque negativo fica para o setor bancário, que concentra mais da metade das dívidas (53%) registradas na cidade, um indicativo claro da forte ligação entre o crédito fácil e o endividamento da população.

Para o presidente da CDL Palmas, Silvan Portilho, a situação exige atenção. “O cartão de crédito é, sem dúvida, um meio de pagamento muito utilizado, mas que vem acompanhado de um custo alto. O consumidor paga juros elevados quando entra no rotativo, e o lojista também arca com taxas que variam de 1% a 6% sobre as vendas para o recebimento. Essa é uma preocupação constante da CDL, pois quanto mais o consumidor utiliza o cartão sem planejamento, maior o risco de endividamento. E quanto mais pessoas inadimplentes, menos consumidores ativos no comércio. No fim, todos perdem: o cliente, o empresário e a economia como um todo”, alerta. (CDL)

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