Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão mínima de umidade do ar para os próximos dias, no Tocantins, é de 30%, com tendência de queda. Além do desconforto térmico característico desta época do ano, a baixa umidade, somada à ventania comum do período, pode afetar diretamente a saúde dos olhos.
Entre os principais problemas oculares associados ao tempo seco está a Síndrome do Olho Seco. Coceira excessiva, vermelhidão, sensação de queimação ou de cisco nos olhos, sensibilidade à luz e visão embaçada estão entre os sintomas mais comuns dessa condição. Quando não tratada adequadamente, ela pode evoluir para quadros mais graves, inclusive com risco de comprometimento da visão.
Segundo a Tear Film Ocular Surface Society (TFOS), maior organização mundial dedicada à pesquisa e educação sobre o filme lacrimal, cerca de 13% da população brasileira já apresenta sintomas da síndrome. A oftalmologista do Hospital de Olhos de Palmas, Dra. Millane Vieira, explica que o ressecamento ocular decorre da redução na produção, da redução na qualidade ou do aumento de evaporação da lágrima que é um dos mecanismos responsáveis por proteger os olhos contra agentes externos, como poeira e poluição. Sem essa lubrificação natural, os olhos tornam-se mais vulneráveis a irritações e inflamações.
Apesar de ser uma condição que exige atenção, a síndrome do olho seco pode ser prevenida e tratada com medidas simples. “É importante manter-se bem hidratado, usar óculos de sol, piscar com frequência, especialmente ao utilizar telas digitais, e procurar orientação médica para identificar o colírio mais adequado para cada caso”, recomendou o especialista. Ele reforça ainda a importância de realizar, pelo menos uma vez por ano, um check-up oftalmológico para prevenir esse e outros problemas que possam comprometer a saúde visual. (Precisa/AI)
