O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet), regional de Guaraí, divulgou à imprensa nesta sexta-feira, 15, descontentamento em relação à conduta da Prefeitura de Guaraí por não cumprir acordo que encerrou a greve dos profissionais da rede municipal de ensino - realizada em 2022.
O Sindicato repudia veementemente e, segundo a presidente Iolanda Bastos, a gestão municipal não vai receber o Sintet para dar andamento nas negociações após a categoria não aceitar a prorrogação de mais 90 dias para o cumprimento do acordo de greve.
O prazo para cumprir o acordo já foi adiado outras duas vezes pela Prefeitura e venceu em 31 de julho de 2023, como aponta o Sintet.
O acordo que suspendeu a greve da educação em Guaraí consiste no pagamento do reajuste do piso na carreira, conforme a lei do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR). Para aplicar o reajuste nas tabelas, a Prefeitura baixou os níveis da progressão vertical da graduação de 15% para 4%, e da pós-graduação de 6% para 4%, e ainda prometeu aprovar o novo PCCR com a devida reestruturação.
”A lei do piso não estava sendo cumprida devido uma decisão judicial, mas o STJ já julgou favorável, tem que cumprir. Quanto ao PCCR, a gestão contratou uma empresa pra fazer estudos do plano de carreira, porém sem necessidade já que temos uma comissão. Para nós, falta vontade da Prefeitura de pagar nossos direitos, valorizar a educação e resolver esse impasse”, reforça Iolanda Bastos.
De acordo com o Sintet, a Prefeitura ficou de dar uma resposta sobre o cumprimento do acordo da greve na última quinta-feira, 14 de agosto, porém não recebeu a categoria. "E está se furtando de atender e avançar nas negociações. Sem resposta da Prefeitura, o sindicato é obrigado a convocar uma assembleia da categoria deliberar sobre a situação", comunica o Sindicato.
