Um homem, 46 de anos, foi indiciado pela Polícia Civil do Tocantins pelo crime de homicídio que vitimou Feliciano Morais da Paixão, de 34 anos, ocorrido no dia 17 de dezembro do ano passado, em uma espécie de bar anexo a um supermercado, localizado no Jardim Aureny III.
Durante o inquérito policial, finalizado nessa quarta-feira, 17, a equipe da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP de Palmas) apurou que o autor e a vítima bebiam no local e que, em um determinado momento, a vítima pediu para o autor pagar uma bebida para ele e sua esposa.
“A vítima estava no local com a esposa e uma criança de colo. Num determinado momento, despido de qualquer vergonha, devido ao excesso de bebida que já havia ingerido, ele pede uma ajuda financeira para esse indivíduo para poder comprar mais bebida. Ao perceber que ele realmente não tinha mais condições de arcar com as despesas, o homem compra duas cervejas para a vítima e a esposa e passa a interagir com ambos”, conta o delegado adjunto da 1ª DHPP, Eduardo Menezes.
Ainda conforme as investigações, a vítima fica com ciúmes, ao perceber o assédio por parte do autor em relação a sua mulher. “Isso porque o indivíduo faz questão de comprar uma cerveja mais cara e de melhor qualidade para esposa da vítima. À medida que isso se repete por mais duas vezes, desperta o ciúme da vítima, que entende o ato do homem em pagar uma bebida melhor para esposa, como uma forma velada de assédio à mulher”, explica o delegado.
Imagens das câmeras de segurança do estabelecimento comercial mostram que a vítima se desentendeu com sua esposa e, posteriormente, discutiu com o autor. Há uma troca mútua de agressões físicas entre autor e vítima. “Em meio à confusão, o autor sacou uma faca que trazia consigo guardada em sua bolsa e, de forma covarde, uma vez que a vítima mal conseguia permanecer de pé, desferiu seis golpes de faca contra Feliciano. Em seguida, deixa o local tranquilamente em sua bicicleta”, complementou
O autor foi indiciado por homicídio duplamente qualificado. O inquérito policial será encaminhado ao Ministério Público Estadual para que o mesmo ofereça denúncia ao Poder Judiciário. (SSP/TO)
