Foi com a eleição de Donald Trump para a Casa Branca que as fake news chamaram a atenção de metade do mundo. A recente polêmica, envolvendo Cambridge Analytica e Facebook, apenas confirmaram suas suspeitas: blogs e redes sociais estão sendo usados ​​para influenciar a intenção de voto. Mas as redes sociais escondem outro fenômeno. Os anúncios associados a essas páginas misteriosas podem ser valiosas para os criadores.

Com esse avanço, as pessoas ficaram encarregadas de escrever as notícias no intuito de fomentar aquele serviço designado, mas não pensaram nas consequências jurídicas, morais e sociais que estavam por vir.

Uma das áreas afetadas pela onda de notícias falsas fora o desporto, através de pessoas que postam notícias falsas no intuito de prejudicar ou tumultuar o ambiental dos clubes e o convívio de jogadores e torcedores.

Há uma ligação muito forte entre torcida-clube, portanto, proferir essas informações falsas ocasionam em ameaças, vandalismos e até mesmo em guerras entre as outras torcidas.

Essas notícias são transcritas por sites com um aspecto semelhante a jornais e, além disso, usam no nome palavras como “notícias” ou “verdade”, dando a ideia que partilham mesmo notícias, mas os conteúdos, normalmente relacionados com futebol, em nada confirmam os títulos chamativos e especulativos que costumam ser usados.

Os torcedores são emotivos e qualquer informação que possa ocasionar em um problema social ao clube eles tentarão resolver. Isso inicia-se bastante em época que o mercado de transferência está aberto, ou após perder um título, onde há essa divulgação de jogador fazendo mole ou que perdeu um gol de propósito, isso faz com que instigue os ânimos de quem acompanha o time.

Para Luís Pereira, investigador da Universidade de Coventry, no Reino Unido, uma das principais dificuldades no combate às notícias falsas é o "nível de sofisticação" que dificulta a sua identificação, principalmente "quando os conteúdos são acompanhados de montagens de imagens que alteram completamente o teor das mensagens".

Essas informações irreais podem ocasionar graves consequências aos jogadores, torcedores e times ao ponto de ocorrer punições severas no âmbito desportivo e no judicial, sendo assim, as pessoas que emitem essas notícias deveriam ser mais precavidas.

Os jornalistas divulgam o que apuram, acontece que há de tomar cuidado para não haver a confusão entre informação cruzada e as fake News. Um desses casos é envolvendo o Cruzeiro e a sua S/A, fato este que ocasionou uma apreensão aos torcedores que acreditaram ser uma coisa, mas logo após descobriram que era outra.

Dito isto, o jornalista Rogerio Tavares aponta: “Dessa vez foi um grande tropeço. Entretanto, todo cuidado é fundamental. O erro jornalístico anda muito perto da Fake News”.

*Luis Eduardo Belarmino é bacharelando em Direito e membro da Comissão de Acadêmicos de Direito da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (CADEP-SP).