Economia
FMI amplia projeção do crescimento do PIB brasileiro para 2,8% em 2022

O Fundo Monetário Internacional (FMI) ampliou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022 para 2,8%, ante 1,7%, conforme indicado na estimativa anterior, de julho. Com isso, o Brasil conta agora com estimativa superior à das economias avançadas: Estados Unidos (1,6%), Alemanha (1,5%), França (2,5%) e Japão (1,7%), sempre considerando a mais recente estimativa do FMI.

A nova projeção do FMI para o desempenho da economia brasileira neste ano também fica acima dos índices estimados para vizinhos sul-americanos como Chile (2,0%), Paraguai (0,2%) e Peru (2,7%).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, que cumpre agenda de reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos Conselhos de Governadores do Grupo Banco Mundial (GBM) em Washington (EUA), comentou a tendência de revisões das estimativas de crescimento, para cima; e de inflação, para baixo, feitas tanto por agentes internos como externos. "O estoque de investimentos privados no Brasil já contratados para os próximos anos assegura o crescimento", explicou o ministro.

Com a revisão, a alta do PIB prevista pelo FMI para 2022 fica também acima da percepção de analistas de mercado, conforme informações captadas pelo boletim Focus, do Banco Central. O mais recente boletim apurou expectativa de alta de 2,7% para a economia brasileira neste ano.

A projeção do FMI para o PIB de 2023 aponta para crescimento de 1%, também acima da expectativa dos agentes de mercado, de 0,54%, conforme apontou o boletim Focus de 7 de outubro.

Declaração liderada pelo Brasil 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou nesta última terça-feira (11) -- durante a 46ª reunião do Comitê Monetário e Financeiro Internacional do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, nos Estados Unidos -- uma declaração avaliando que as condições financeiras adversas reduzem as estimativas de crescimento na maioria das regiões do mundo, mas pondera que dentro desse cenário, o Brasil tem se mostrado “à frente da curva”, pois já colocou em prática ações oportunas e decisivas para garantir a sustentabilidade fiscal e combater a inflação.

De acordo com o documento, o atual panorama global de desaceleração econômica -- com juros mais altos, valorização do dólar e fluxo de capital voláteis -- aumenta significativamente os riscos de dificuldades financeiras nos mercados de crédito. Tal quadro é reflexos dos gargalos de abastecimento provocados pela pandemia da Covid-19 que foram acentuados pela guerra no leste Europeu, levando à alta dos preços de alimentos e energia em escala mundial.

Sobre a situação no Brasil, o documento aponta ações adotadas pelo país para assegurar a sustentabilidade fiscal e o combate à inflação, as quais possibilitaram superávits fiscais primários a partir de agosto de 2021; o retorno da dívida pública aos níveis pré-pandemia (77,5% do PIB em agosto de 2019 e agosto de 2022); e a continuidade da assistência emergencial.

O material lembra que o Banco Central do Brasil foi um dos primeiros a reagir de forma decisiva às pressões inflacionárias, iniciando seu ciclo de aperto monetário em março de 2021. Também ressalta os esforços do país para reequilibrar economia doméstica, tanto no plano fiscal quanto no monetário.

A arrecadação brasileira de impostos aumentou 17,5% no ano passado, de acordo com a declaração, que salienta que o déficit fiscal primário em 2021, como proporção do PIB, foi inferior aos anos pré-pandemia. Como resultado, o crescimento do PIB vai superar expectativas pouco otimistas que, no início do ano, apontavam alta de 0,3%.

Nesta terça-feira, o FMI ampliou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022 para 2,8% (ante 1,7%, conforme indicado na estimativa anterior, de julho)

O documento fala da importância de os bancos centrais adotarem postura de “determinação inabalável” na luta contra a inflação, o que exige a manutenção das taxas de juros elevadas por um período prolongado. Na avaliação do ministro, após atrasos consideráveis, as economias avançadas começaram a adotar uma política monetária mais restritiva em relação à alta da inflação e à desaceleração econômica pelas quais passa a economia global.

Reuniões com ministros de Finanças

Paulo Guedes participou de cinco encontros em seu primeiro dia de agenda nas Reuniões Anuais do Fundo Monetário Internacional e dos Conselhos de Governadores do Grupo Banco Mundial (IMF World Bank Annual Meetings), nesta última terça-feira, em Washington, Estados Unidos.

Na reunião e da Agricultura dos países do G20 -- primeiro compromisso do dia -- ele falou sobre o papel do Brasil na garantia da segurança alimentar do mundo. À saída do encontro, relatou que as discussões tiveram como destaque os impactos da pandemia em âmbito global. Foram abordados, entre outros pontos, o aumento da pobreza absoluta no mundo, com o Brasil na contramão desse indicador e o desordenamento das cadeias produtivas de alimentação. Esses impactos, de acordo o ministro, se agravaram com a guerra entre Rússia e Ucrânia e a decorrente alta dos preços dos alimentos e da energia.

 

Segundo Guedes, a importância do Brasil no contexto da economia mundial pós-pandemia vem sendo analisada no exterior com crescente interesse, em razão das ações empreendidas no enfrentamento à crise sanitária e no combate à pobreza, de acordo com as regras da responsabilidade fiscal. Em sua avaliação, esses fatores -- em conjunto com as reformas estruturantes e a mudança de eixo na economia, com prevalência dos investimentos privados -- possibilitam a retomada da economia no País. (

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