Economia
Rendimento do tocantinense recua em 2021, aponta pesquisa do IBGE
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 Marcelo Casal Jr

O rendimento do tocantinense recuou em 2021, é o que aponta pesquisa do IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Rendimento de todas as fontes 2021, divulgada na sexta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa aponta que o rendimento médio mensal domiciliar por pessoa no Tocantins caiu 3,9% em 2021 e passou de R$ 1.098 para R$ 1.055. Este é o menor valor desde 2016, comparando a série histórica. Já a renda média da população tocantinense considerando todas as fontes saiu de R$ 1.899 para R$ 1.829, um recuo de 3,7%.

Em 2021, dois tipos de rendimento chegaram ao menor valor médio mensal da série histórica: aluguel e arrendamento (R$ 704) e pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (R$ 286). Desta forma, a categoria “outras fontes”, que engloba, além desses, “aposentaria e pensão” (R$ 1.446) e “outros rendimentos” (R$ 451), teve média de R$ 903, atingindo o segundo valor mais baixo da série, perdendo apenas para 2012 (R$ 866).

De acordo com Alessandra Scalioni, analista da pesquisa, a mudança nos critérios de concessão do auxílio-emergencial ocorridas em 2021 é uma das principais causas da queda no rendimento de outras fontes. O único tipo de rendimento que teve tímido incremento foi o “habitualmente recebido em todos os trabalhos”, passando de R$ 2.115, para R$ 2.120. Isso explica o motivo do índice global, que mede a renda média mensal da população com rendimento considerando todas as fontes, também ter recuado no Tocantins (R$ 1.829).

Com renda

O percentual de tocantinenses com algum rendimento, de qualquer tipo, na população do estado ficou praticamente estável: passando de 57,9% em 2020 para 57,7% em 2021. D,e acordo com a pesquisa, o menor índice registrado na série foi o de 2012 (55,2%) e o maior, o de 2019 (58,7%). Entre os estados da Região Norte, Tocantins tem a maior estimativa (57,7%) e Amapá a menor (47,2%).

Conforme a PNAD Contínua, o percentual de tocantinenses com algum rendimento aumentou na categoria “todos os trabalhos” (de 37,5% para 39,7%), o que corrobora o aumento de ocupação no estado. Em contrapartida, houve queda no percentual das pessoas com rendimentos no conjunto das “outras fontes”, que saiu de 27,9% para 23,7%. A maior variação foi em “outros rendimentos”, que saiu de 15,6% para 11%.

Desigualdade

A pesquisa também mostra a desigualdade de renda no país em 2021. Após relativa estabilidade em 2019 (0,530) e queda em 2020 (0,485), o índice de Gini do rendimento médio mensal domiciliar por pessoa aumentou em 2021 (0,514). O índice de Gini é uma medida de concentração de uma distribuição, e seu valor varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima), ou seja, quanto maior o indicador, maior a concentração de renda.

Entre 2020 e 2021, a desigualdade aumentou em todas as regiões, sobretudo no Norte e no Nordeste. “São regiões onde o recebimento do auxílio-emergencial atingiu maior proporção de domicílios durante a pandemia de Covid-19 e que, por isso, podem ter sido mais afetadas com as mudanças no programa ocorridas em 2021”, explicou a pesquisadora. A Região Nordeste se manteve com o maior índice de Gini em 2021 (0,556), enquanto a região Sul apresentou o menor (0,462).

O Tocantins registrou o segundo menor índice de Gini, entre os estados da região Norte, perdendo apenas para Rondônia (0,459). Já Roraima apresentou a maior desigualdade na distribuição de renda (0,596), não só regionalmente, mas na comparação entre todas as Unidades da Federação.

Auxílio do governo

De 2020 para 2021, o percentual de domicílios com alguém recebendo “outros programas sociais” no Tocantins, categoria que inclui o auxílio-emergencial, caiu de 28,2% para 16,3%. Já a proporção de domicílios com beneficiários do Bolsa-Família passou de 12,7% para 11,1%. Por outro lado, o percentual de lares com alguém recebendo Benefício de Prestação Continuada aumentou, de 3,3% para 4,6%.

Cenário nacional

No país, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2021 foi de R$ 1.353, o menor valor da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Norte e Nordeste foram as regiões que apresentaram os menores valores (R$ 871 e R$ 843, respectivamente). Já as regiões Sul e Sudeste se mantiveram com os maiores rendimentos (R$ 1.656 e R$ 1.645, respectivamente).

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