Estado
Enchentes no Tocantins testam capacidade e garantem experiência da atuação do Sistema Defesa Civil
Foto:Luiz Henrique Machado
Luiz Henrique Machado

Completando praticamente 30 dias de atuação no enfrentamento de uma das maiores enchentes no Tocantins, o Corpo de Bombeiros Militar avalia como positivo o trabalho executado em parceria com dezenas de Defesas Civis Municipais, sob a instrução da Coordenadoria Estadual de Proteção Defesa Civil, que é ligada à corporação.

Para o coordenador estadual de Defesa Civil e comandante geral do CBMTO, coronel Carlos Eduardo de Souza Farias, “foi fundamental a criação da força-tarefa, por meio do governo do Estado, que possibilitou a junção de recursos, tanto humanos quanto materiais, de vários órgãos, que resultou no atendimento em tempo real às pessoas atingidas pelas inundações. Isso fortalece o sistema de defesa civil estadual e pode ser um exemplo para que os municípios que não têm uma estrutura de defesa civil possam criá-la”.

O coordenador adjunto, tenente-coronel Erisvaldo Alves, ressaltou o trabalho integrado entre representantes municipais de defesa civil, “todos saem fortalecidos e certos de que a preparação é o melhor caminho”.

As chuvas ainda caem em várias partes do estado, contudo, não com a mesma intensidade observada em meados de dezembro, quando o nível do Rio Tocantins subiu assustadoramente, deixando centenas de pessoas desalojadas ou desabrigadas. E há um mês, a Defesa Civil Estadual já iniciava sua atuação, formando equipes de bombeiros militares, enviando-as para várias regiões do estado.

“Conseguimos alertar com brevidade para que a população conseguisse sair com segurança dos locais que seriam alagados, mostra que o sistema funciona bem”, afirma o coronel Alves.

Em meio aos temporais, bombeiros militares chegaram a percorrer, com embarcação, mais de 600km do Rio Tocantins, entre os municípios de Pedro Afonso e Praia Norte (Bico do Papagaio). Com a operação, puderam fazer resgates de cidadãos ilhados, isolados, bem como ajudar na retirada de pertences das residências e até animais em propriedades impactadas pela enchente.

“Nestes cerca de 40 municípios que de alguma forma foram atingidos pelas fortes chuvas, não necessariamente tivemos atuação, porém, acompanhamos por meio das Defesa Civis Municipais, e sempre estivemos à disposição caso houvesse necessidade”, relatou o tenente-coronel. “E toda a estrutura do serviço operacional do CBMTO esteve à disposição, bem como, parte se deslocou para alguns municípios”, acrescentou.

Algumas cidades, sobretudo no extremo norte do Tocantins, ainda estão calculando os prejuízos, e famílias reestruturando suas casas para voltar a habitá-las, na cidade e também na zona rural. São Miguel, que fica à beira do Rio Tocantins, na divisa com Imperatriz - MA, é um exemplo. Por lá, bombeiros militares atuaram desde o começo das operações, assim como em Paranã, no sul do estado.

“É no desastre que verificamos se a resposta está adequada. E toda essa população ser retirada sem nenhuma perda de vida humana, mostra que o sistema consegue atuar de forma integrada. A experiência fortalece o sistema por isso. As Defesas Civis tiram experiência dos desastres. As grandes Defesas Civis do Brasil, como as de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio de Janeiro, aprenderam e se capacitaram enfrentando os desastres”, pontuou o coordenador-adjunto.

O momento atual é de apoiar as Prefeituras impactadas, ofertando orientações técnicas diante da decretação da situação de emergência, que buscam o reconhecimento de seus decretos junto à Defesa Civil Nacional.

Na calha

Na avaliação do major Alex Matos Fernandes, diretor-executivo da Defesa Civil Estadual, a previsão é que o nível das águas do Rio Tocantins volte para a calha normal nos próximos dois dias. “Ainda estamos com duas equipes apoiando em São Miguel, que foi o município mais atingido”, informou.

Segundo dados da Defesa Civil Estadual, nesta segunda-feira, 24, ainda há 288 desabrigados (pessoas em abrigos públicos ou locais cedidos pelo poder público),  em Araguanã, Formoso do Araguaia, São Miguel, Rio dos Bois, Pedro Afonso e Tupirama.

E outras 2.717 desalojadas (em casa de parentes, amigos, vizinhos e ou terceiros), em Araguanã, Esperantina, Paranã, Rio dos Bois; Pedro Afonso; Tupirama; Tupiratins; Palmeirante; São Sebastião; São Miguel e Sampaio.

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