Cultura
População e artistas participam de pintura do segundo mural do projeto 'Lugar de Arte é na Rua'
Foto:Divulgação
Mural na 204 Sul contou com participação da comunidade | Divulgação
Mural na 204 Sul contou com participação da comunidade

O segundo mural do projeto 'Lugar de Arte é na Rua' ganhou vida e dessa vez, a pintura contou com a participação maciça da população. Entre os dias 23 e 24 do último mês, a dupla de muralistas do coletivo MOSS, Fábio Henrique e Douglas Jacinto, concluiu, com ajuda da comunidade, a execução da nova etapa do projeto.

Durante o fim de semana, moradores dos prédios vizinhos, crianças e adultos, amigos e entusiastas da iniciativa, embarcaram na onda, pegaram os pincéis e junto com os artistas colaboraram para dar cores ao muro, antes branco, da praça interna ao lado do Residencial Mont Blanc na 204 Sul.

Para Douglas, parte do coletivo MOSS, a experiência de contar com o apoio da comunidade foi incrivelmente legal. "Dessa vez a gente teve a população junto com a gente, compartilhando conhecimento, trocando várias ideias, dando suporte no que a gente precisava. Tivemos a galera cheia de curiosidade perguntando o porquê da arte. Explicar isso para as pessoas, o porquê estávamos fazendo arte naquele local e todo o significado disso foi grandioso", explica.

Com o intuito de ocupar as ruas e democratizar a arte, o projeto busca a transformação social por meio do muralismo. Por conta da pandemia do coronavírus, com o fechamento das galerias e museus, o MOSS decidiu ocupar os espaços vazios da cidade e mexer com a rotina dos palmenses, que muitas vezes está bem distante dos quadros e pinturas expostos em centros culturais. Dessa vez, o objetivo foi conquistado com êxito.

"O primeiro mural foi pintado na Universidade Federal do Tocantins (UFT), mas como ela está fechada, não tivemos tanto essa troca e esse feedback das pessoas deve demorar pra vir. Esse segundo foi diferente por causa disso, dessa vez a gente teve o apoio popular, tanto na execução quanto na parte de infraestrutura. Tivemos apoio para a iluminação, para outras coisas que estávamos precisando. Foi super legal essa troca com a galera. E mesmo sendo super cansativo foi gratificante", pontua Fábio.

Para a engenheira civil Kenia Parente Lopes Mendonça, moradora do residencial onde o mural  foi pintado, a oportunidade de acompanhar os artistas durante o processo foi sensacional e transformadora. "Considero que fomos presenteados em conviver com os artistas enquanto criavam essa obra de arte. Ouvi-los falar sobre como nasceu o projeto, as histórias que serviram de inspiração. Assistir a transformação de um muro a cada pincelada deles foi realmente uma experiência única, ficará gravada para sempre em nossas memórias. Considero o projeto grandioso e democrático e cumpre bem o papel de trazer alegria a todos que passam pelo local durante seu trajeto  para casa ou para o trabalho", afirma.

O foco de modificar a realidade do entorno onde os murais serão desenvolvidos e dar visibilidade ao local, atraindo o olhar da população para o colorido das pinturas provocando uma mudança da relação do palmense com sua cidade é a principal finalidade do projeto.

O próximo mural a ganhar vida será o quiosque do Parque dos Povos Indígenas. Segundo Douglas, a expectativa para a dar início a pintura está enorme. "Acho que isso da galera participar vai ser cada vez mais frequente. Estamos ganhando cada vez mais visibilidade por conta das redes sociais e dos amigos que nos acompanham. Como o próximo vai ser um lugar que tem bastante movimento, acredito que a participação das pessoas vai ser ainda maior, o que é o objetivo do projeto. Estamos cada vez mais ansiosos para dar continuidade. Cada vez que a gente vai fazendo vai aprendendo com o pessoal. Está sendo muito massa, estamos na metade, mas tudo está tão legal que o tempo está voando, já pintamos dois e parece que a gente nem começou de tão massa", afirma Douglas.

Com um ingrediente transgressivo e provocador, o muralismo se manifesta em espaços urbanos com representações e desenhos que trazem temas diversos. Nele, as paredes de prédios de concreto nas cidades ganham vida e se tornam telas perfeitas pra essa expressão artística. Diferente do grafite, que nasceu na década de 1970, no Bronx, bairro de Nova York, o muralismo tem origem no México, e um dos seus maiores expoentes é o pintor latino Diego Rivera, que criou murais com temáticas que tratam de questões políticas e sociais.

MOSS

O coletivo MOSS é composto pelos amigos, Douglas e Fábio Henrique. Douglas é Arquiteto e Urbanista e Designer, formado em arquitetura e urbanismo pela UFT. Iniciou sua trajetória no muralismo junto com Fábio que também atua como produtor cultural e é estudante de arquitetura e urbanismo.

A dupla trabalhou junto durante 5 anos na criação das artes gráficas para a produtora de música Árvore Seca, e, em 2018 decidiram se arriscar no muralismo, motivados pela vontade de levar a arte para além do ambiente digital. O primeiro mural foi feito no antigo Mujica Bar. O MOSS ainda foi responsável pelo mural na fachada do Wings BrewPub, pintado em 2018, e outro na parede do prédio da Rádio UFT, em 2019.

Aldir Blanc

Em 2020 o projeto 'Lugar de Arte é na Rua' foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc) e Governo Federal - Ministério do Turismo - Secretaria Especial de Cultura e Fundo Nacional de Cultura.

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