A gravidez inclui prevenção, promoção da saúde da mãe e do bebê desde o ventre, e principalmente cuidados com problemas anteriores à gestação, bem como após o parto. Em maio deste ano, pesquisadores demonstraram que o coronavírus ataca e danifica os vasos sanguíneos. Por isso, as mães devem ficar alertas para minimizar ao máximo os riscos para a saúde.
Segundo a cirurgiã vascular e endovascular, Dra. Nayara Costa Cavalcante, neste último estudo americano publicado na revista científica da Associação Americana do Coração - AHA, cientistas conseguiram comprovar que em nível celular, como o coronavírus SARS-CoV-2, que ocasiona a doença, o ataque e danificação causam uma destruição na parede dos vasos e disseminação de microtrombos.
“Na gestação é comum o aparecimento de varizes e edema de membros inferiores. Algumas dicas para amenizar os sintomas correspondem a não permanecer por muito tempo em pé ou sentada, evitar ganho de peso excessivo, sempre que possível flexionar e estender os pés porque este movimento ajuda a ativar a circulação venosa nas pernas,” explica. Realizar repouso com pernas elevadas, praticar ginástica que facilita a circulação e evita o edema, deitar-se do lado esquerdo foram apontados como outros cuidados pela médica.
“No final da gestação, quando a barriga está grande, sugere que a gestante deite-se do lado esquerdo para aliviar a compressão que o útero faz nas veias. Usar meia de compressão elástica desde o início da gestação também é importante até quatro semanas após o parto também,” destacou Dra. Nayara. Como acompanhamento médico durante a gravidez, o pré-natal deverá ter consultas com angiologista e exames.
“Sabendo que a gestante tem um risco seis vezes maior de desenvolver trombose do que a população em geral, é recomendado ter o cuidado redobrado para evitar este tipo de complicação. Principalmente em gestantes que apresentaram trombose, que são portadores de varizes ou outras comorbidades, é indispensável a avaliação prévia,” conta.
Covid e a vacinação
Existem enfermidades que podem comprometer o sistema vascular durante a gestação. De acordo com a cirurgiã, as doenças que causam maior risco de trombose em gestantes são semelhantes aos da população em geral e incluem idade acima de 30 anos, obesidade, permanência prolongada no leito, trombofilia hereditária e multi-paridade.
Entendemos que a atenção é contínua para minimizar os riscos em mulheres grávidas e bebês. “Sabendo da gravidade da doença como a Covid, não somente durante a gestação, mas também em período puerpério, é importante destacar que as vacinas são baseadas em evidências científicas,” aponta.
“Cientistas sérios do mundo inteiro trabalharam incansavelmente em prol de uma solução para acabar com esse inimigo invisível. Minha orientação é que todos se vacinem quando surgir a oportunidade e que as mães não deixem de amamentar seus bebês após a vacinação,” orientou. (Precisa Assessoria)
