Meio Ambiente
Unidades de Conservação garantem preservação da biodiversidade no Tocantins
Foto:Fernando Alves
Fernando Alves

Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), o Estado do Tocantins se orgulha de toda sua riqueza natural. Pelo menos 15% de sua área total dos 277.621 km² são de áreas protegidas, as chamadas Unidades de Conservação (UCs).

As Unidades de Conservação (UCs) são criadas por leis específicas para proteger esses espaços territoriais e os recursos ambientais existentes. Elas são regidas pela Lei Federal 9.985/2000 e classificadas em categorias, de acordo com suas características e finalidade com a qual são criadas.

A principal mudança determinada a partir da criação de uma Unidade de Conservação é a definição de seus limites territoriais e de regras para normatizar sua ocupação e uso. De acordo com o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Warley Rodrigues, os principais tipos de unidades de conservação presentes no Tocantins são as Áreas de Proteção Ambiental (APA) e os Parques.

As APAs são áreas mais amplas e têm como principal característica serem de uso sustentável. Ou seja, nelas é permitida a exploração de atividades econômicas, desde que observadas algumas restrições.

“Não é permitido, por exemplo, usar algumas classes de agrotóxicos, uma vez que a legislação ambiental é mais aplicada à conservação de aspectos do local e as atividades produtivas são controladas com mais rigor”, reforça Rodrigues.

Já os Parques são Unidades de Conservação integral e neles não podem ser realizadas atividades econômicas. “Os parques são áreas de preservação que possuem amostras relevantes de biomas e são destinados, basicamente, à pesquisa científica e ao ecoturismo”, resume o diretor.

Em várias áreas protegidas, projetos desenvolvidos pelo Naturatins, em parceria com as comunidades, têm obtido resultados positivos, com a realização de atividades econômicas de baixo impacto ambiental. Esses projetos conseguem conciliar a preservação da natureza com a presença humana.

O presidente do Naturatins, Renato Jayme, destaca a missão do Instituto. “É nossa missão proteger e conservar os recursos naturais do Tocantins, visando de uma forma integrada o desenvolvimento sustentável do Estado. É um dever nosso garantir que sobretudo essas áreas que são classificadas de extrema importância para a preservação do nosso bioma estejam protegidas, e para isso temos equipe e estrutura em cada uma delas, para que essa proteção aconteça e que atividades sustentáveis sejam desenvolvidas promovendo a integração homem e natureza”.

O Tocantins possui nove Unidades de Conservação em operação, sendo elas: Área Estadual de Proteção Ambiental das Nascentes de Araguaína, Área Estadual de Proteção Ambiental do Jalapão, Área Estadual de Proteção Ambiental Serra do Lajeado, Área Estadual de Proteção Ambiental Ilha do Bananal-Cantão, Monumento Natural Estadual das Árvores Fossilizadas do Tocantins (Monaf), Parque Estadual do Cantão, Parque Estadual do Jalapão e Parque Estadual do Lajeado.

Monaf

O Monumento Natural Estadual das Árvores Fossilizadas do Tocantins (Monaf) é uma Unidade de Conservação diferenciada, localizada no município de Filadélfia. Há alguns milhões de anos o Tocantins abrigou uma floresta que hoje é considerada um dos maiores registros de vegetais fossilizados do mundo. 

- Foto de Fernando Alves

O Monaf tem este nome em função da existência de tais sítios paleontológicos e arqueológicos onde são encontrados os fósseis de árvores como pteridófitas, esfenófitas, coníferas e cicadácias. Os fósseis são chamados de “Pedras de Pau” pela comunidade local.

Tais fósseis constituem uma peça-chave do patrimônio científico mundial, tendo enorme importância para estudiosos que investigam florestas, o clima e a ecologia planetária do período Permiano. Entre os elementos paleobotânicos do Monumento, destacam-se samambaias arborescentes. Estas, no Neopaleozóico, distribuíram-se largamente pela Terra em meio às comunidades de plantas higrófilas de terras baixas, exibindo uma notável diversidade de padrões morfológicos, anatômicos, ecológicos e de crescimento.

O alto índice de samambaias indica que a região central do Tocantins era uma planície costeira com um farto sistema hídrico durante o período Permiano. O clima era tropical, mas apenas com um estudo de campo mais detalhado será possível concluir se o ambiente era amazônico ou parecido com o Cerrado. Pode parecer que pouco mudou por ali nos últimos milhões de anos, mas os chapadões indicam o contrário. Eles surgiram depois das árvores fossilizadas e seriam dunas de deserto que se transformaram em rochas. Mais um sinal do valor histórico da Unidade de Conservação. (Naturatins)

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