Economia
ADEMI-TO acredita que com prorrogação do decreto municipal, construção civil irá demitir mão de obra
Foto:Germano Luders
Germano Luders

Para a Associação dos Diretores das Empresas do Mercado Imobiliário no Tocantins (Ademi-TO) a prorrogação do decreto municipal que suspende as atividades não essenciais em Palmas pode resultar em demissões de trabalhadores da construção civil.

Como medida de enfrentamento à pandemia da Covid-19, a Prefeitura determinou um isolamento parcial, restringindo o funcionamento do comércio e na noite desta terça-feira, 16, prorrogou as medidas.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes aos meses de janeiro a outubro de 2020, mostram que o setor da construção civil foi o responsável pelo maior número de postos de trabalho no Tocantins, com saldo positivo de 675 novas contratações. Números relativos ao mês de janeiro de 2021, mostram que a construção civil teve o melhor desempenho relativo à contratação, com saldo de 178 empregos no Estado. 

Conforme o presidente da Ademi-TO, Paulo Constâncio, a Associação tentou apresentar à Prefeitura um Plano de Contingenciamento para dar continuidade ao trabalho nas obras, mas o mesmo não foi permitido. A alternativa da entidade determinava a adoção de precauções e cautelas com a devida gestão dos trabalhadores dentro das obras, espaçamento mínimo, adequação de refeitórios, proibição de aglomerações e divisão de atividades por pavimento.

"Estamos tentando alguma alternativa para falar com a prefeita Cinthia Ribeiro, mas no formato atual é impossível. Já conversamos com o nosso jurídico, trocamos ideias sobre formas e alternativas. O que queremos é apresentar um plano de contingenciamento para provar que a construção civil deve continuar, com os trabalhadores em serviço, mas de forma a não trazer prejuízo para a saúde de ninguém. Não somos contra o decreto, mas queremos mostrar que possamos proteger os trabalhadores e que a nossa atividade, que já é uma feita em espaço aberto com cada um trabalhando de forma individual, possa continuar", diz o presidente.

De acordo com o presidente, o decreto freou a atividade que estava em expansão nos últimos meses. "Infelizmente o trabalho da construção civil, que vem crescendo, é afetado pelo isolamento. Estamos totalmente paralisados. Se persistir o decreto vai haver demissões, não vamos conseguir manter os colaboradores. Inicialmente demos férias coletivas, depois vamos para o banco de horas, mas ao fim nos restará as demissões", pondera.

A atividade, que é um dos pilares do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que tinha expectativa para 4% este ano, depois de recuar 2,8% em 2020 (o maior percentual desde 2013) pode sofrer consequências. "Estamos vindo de um momento muito positivo para o mercado imobiliário. Há uma grande demanda e, por isso, a necessidade da não paralisação da construção civil e das incorporações em modo geral. A expectativa de futuro nos promete algo muito bom de estímulo, para que a gente consiga manter nossos trabalhadores e todos aqueles que dependem dessa área. Estávamos apresentando um crescimento 30% maior em relação aos anos anteriores, mostrando o grande potencial da construção civil dos empreendimentos, de vendas, do mercado imobiliário. A paralisação mexe nos índices indexadores no balanço final do fim do ano, e impacta no mercado regional", finaliza.

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