Economia
Venda de imóveis dispara no Tocantins com juros menores e alta demanda
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Edu Fortes

Enquanto a economia brasileira ainda sofre com a recuperação por conta da pandemia do coronavírus, o setor da construção civil encerrou o último trimestre móvel com aumento das vendas em 25%, segundo o indicador mensal divulgado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). 

Dados da Associação dos Diretores das Empresas do Mercado Imobiliário no Tocantins (Ademi-TO) confirmam que a tendência nacional e avaliação da entidade é que no Estado, no primeiro semestre, as vendas dos imóveis também acompanham o panorama brasileiro.  

"Mesmo com uma conjuntura parecendo desfavorável, o mercado imobiliário conseguiu se recuperar em 2020 e deve seguir em alta até o fim do ano e assim em 2021. O Tocantins acompanhou o crescimento nacional e também registrou bons números em relação ao setor", avalia o vice-presidente da Ademi-TO, João Paulo Tavares.

A estimativa é que no mês de julho deste ano, as vendas de imóveis saltaram 58% em comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado já é o melhor desde maio de 2014. 

Para os analistas, a boa maré vivida pelo mercado imobiliário é consequência de fatores como a demanda reprimida dos últimos anos e juros baixos que incentivaram o crescimento do setor, tanto para investidores, quanto para famílias que buscaram realizar o sonho da casa própria. Parte da retomada do setor veio por causa dos programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida e o mais recente Casa Verde e Amarela, no segundo trimestre de 2020. Cerca de 75% dos imóveis vendidos foram para o segmento de baixa renda. 

A conjuntura atual com a pandemia do novo coronavírus, com uma maior demanda por espaços de home office, prédios com estrutura para entregas na portaria, com grandes espaços de áreas verdes e empreendimentos direcionados para a classe A e B, também movimentou o mercado e fizeram as incorporadoras repensarem seus projetos com lançamentos voltados para as necessidades pós-pandemia. 

Para o vice-presidente da Ademi-TO, apesar da busca por apartamentos mais compactos nos últimos anos, agora, os lançamentos com metragens maiores também vem ganhando a preferência do consumidor. “O que estamos vendo é que os apartamentos com metragens médias e maiores vem ganhando espaço, principalmente por conta da pandemia. E esse cenário faz com que as empresas mudem seus projetos". 

A baixa na Selic, que chegou ao menor patamar da história com 2%, e a redução nas taxas de financiamento dos grandes bancos também atraiu os compradores para os estandes de vendas, mesmo durante a pandemia. No início de outubro, a Caixa Econômica reduziu o piso de financiamento imobiliário para 6,25% ao ano, com teto em 8%, mais a taxa referencial (TR). A mudança representa na prática uma diminuição da parcela inicial da prestação em 25%. 

E mesmo com as incertezas em relação ao coronavírus no próximo ano, a recuperação do mercado imobiliário deve continuar em 2021. De acordo com João Paulo, o cenário é favorável para o setor. 

"Estamos otimistas para o próximo ano. As incorporadoras no Tocantins também estão com a expectativa de que a situação melhore e com isso, toda a economia do Estado gira. O segmento movimenta toda a construção civil, gera empregos, o comércio, o setor de serviços. Teremos bons anos pela frente e prevemos que o mercado imobiliário segue em alta", finaliza o vice-presidente.

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