A prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro (PSDB) assinou nesta quarta-feira, 29, o edital de licitação da primeira fase das obras de infraestrutura na capital. O edital prevê contratação de empresa para a realização de obras de terraplanagem, drenagem pluvial, pavimentação asfáltica e sinalização viária em várias quadras e avenidas de Palmas.

As obras serão possíveis graças a um empréstimo da Prefeitura junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina, o CAF, no total de 60,87 milhões de dólares, que totalizam cerca de 235 milhões de reais. A primeira etapa no entanto terá um investimento de R$ 128 milhões.

Antes mesmo de dar início à apresentação dos projetos, a prefeita deu justificativa sobre a falta de investimentos até o momento em sua gestão e aproveitou para atribuir responsabilidades ao antecessor, Carlos Amastha (PSB), que renunciou ao cargo de prefeito para se candidatar a governador.

Segundo ela, o orçamento herdado por sua administração no ano passado após a renúncia de Amastha não foi suficiente para realizar os investimentos necessários. “Em 2018 administramos um orçamento herdado que não estava tão bem assim”. A prefeita continuou, “Não pegamos a prefeitura tão equilibrada assim e as contas tão redondinhas como foi dito”, esclareceu.

Mais adiante a prefeita falou sobre a política fiscal da Prefeitura e citou que a arrecadação com IPTU aumentou cerca de 8% sem majorar o imposto. A arrecadação com ITBI - Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e ISS teria aumentado 49% e 6% respectivamente. “Não adianta meter a faca no bolso do contribuinte... Justiça fiscal tem que ser na fala e também na prática”, declarou Cinthia.

A declaração da prefeita não deixa de ser um contraponto ao métodos do gestor anterior, já que Amastha muito polemizou ao aumentar de forma exorbitante, impostos e taxas do município, durante sua gestão. 

1ª Etapa

As obras foram anunciadas e lançadas pela prefeita em seu gabinete nesta quarta-feira. Na primeira etapa serão contempladas as Arnes 64 e 63; ASR-NEs 25, 85, 15 e 25; além das avenidas NS-08, NS-10, LO-16 e 6 quadras do Setor Taquari (T20, T21, T30, T31, T32, T33).

Em algumas destas quadras não há pavimentação, como é o caso da Arne 64 (508 Norte), que é o assentamento do antigo povoado Canela. Por lá, a cobrança pelo asfalto é antiga e os moradores sofrem com lama durante as chuvas e poeira na seca.

Em outros pontos, como o caso das avenidas, as obras de macrodrenagem e drenagem pluvial não existem ou não foram concluídas e serão retomadas agora com os recursos do CAF, garante a prefeita.

Já o Taquari vai receber obras de Terraplanagem, drenagem pluvial, pavimentação asfáltica e sinalização viária. A previsão é de que as quadras T20 e T21 sejam asfaltadas até o mês de outubro do ano que vem e as quadras T30, T31, T32 e T33 até julho de 2021. Ainda a respeito do Taquari Cinthia Ribeiro comentou que “teve gente que se mudou pro Taquari, saiu de lá e não resolveu”, em uma clara indireta ao antecessor.

Recursos Próprios

Além das obras contempladas pelos recursos do empréstimo internacional, a prefeitura pretende também realizar investimentos com recursos próprios.

Segundo a prefeita a administração pretende recapear com lama asfáltica e CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente) 6 quadras da região norte e 15 da região central, além dos distritos de Taquaruçu e Buritirana inteiros, garantiu a gestora.

Os Aurenys I, II, III e IV também vão passar por recapeamento. Segundo a prefeitura, serão 78 quilômetros de asfalto novo nestes 4 setores da região sul.

Já no plano piloto da capital, a prefeitura irá recapear e asfaltar 127 quilômetros com CBUQ, lama asfáltica e microrrevestimento. A ordem de investimento com recursos próprios da administração municipal é de cerca de R$ 40 milhões.

A previsão de início para todas estas obras é para agosto deste ano, após superadas todas as etapas da licitação pública.

Reeleição

A prefeita falou também sobre reeleição. Quando questionada sobre se o motivo das obras era mirar a disputa de 2020, Cinthia Ribeiro disse que acha cedo para falar em reeleição, mas disse que acha 2 anos de mandato um período muito curto para mostrar trabalho.

Cinthia declarou ainda que este ano está focada em gestão e que a avaliação dela como gestora em uma possível reeleição deverá ser feita pela população, mas revelou, “a política está para o ano que vem, mas acho que é algo que podemos começar a pensar sim”, disse a prefeita.