A Polícia Civil concluiu as oitivas de todos os presos na 2ª fase da Operação Jogo Limpo, que investiga desvio de dinheiro na Fundação Municipal de Esportes (Fundesportes) e da Secretaria de Governo de Palmas. Entretanto, mesmo após a conclusão dos depoimentos, os investigados podem ser intimados para prestar novos esclarecimentos, caso necessário.
A polícia informou que agora a operação entra na fase de análise do material apreendido durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão do dia 3 de agosto, quando a 2ª fase foi realizada na Câmara Municipal de Palmas, órgãos públicos da prefeitura e até mesmo em residências dos investigados. Peritos começaram a analisar documentos, celulares e computadores a procura de evidências que comprovem os R$ 7 milhões que teriam sido desviados.
O vereador Major Negreiros (PSB) foi um dos últimos investigados a serem liberados pela polícia civil após prestar depoimento. Ele foi ouvido no último sábado, 11, e liberado na madrugada de domingo. Negreiros foi preso no início da semana passada no aeroporto Galeão no Rio de Janeiro assim que desembarcou da viagem de férias que fez ao Chile. O vereador foi recambiado para Palmas onde ficou preso no Quartel da Polícia Militar.
Além de Negreiros, o vereador Rogério Freitas (MDB) e o presidente da Câmara, José do Lago Folha Filho (PSD) também foram presos na mesma operação e liberados após prestarem depoimento.
Desde seu início no mês de fevereiro deste ano, a Operação Jogo Limpo prendeu ao todo 46 pessoas entre políticos, servidores públicos, dirigentes de associações e federações esportivas e de empresas fantasmas.
De acordo com a polícia, estas empresas e federações fantasmas utilizavam notas fiscais frias para lavar o dinheiro público desviado da Fundesportes. As investigações indicam que o dinheiro desviado seria utilizado para financiar campanhas eleitorais de políticos aliados do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB).
