Saúde
Em 10 anos, obesidade cresce 60% no Brasil; capital do Tocantins registra menores índices de excesso de peso e hipertensão
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Nos últimos 10 anos a prevalência da obesidade passou de 11,8% (em 2006) para 18,9% (em 2016)  | Divulgação
Nos últimos 10 anos a prevalência da obesidade passou de 11,8% (em 2006) para 18,9% (em 2016)

Nos últimos 10 anos a prevalência da obesidade passou de 11,8% (em 2006) para 18,9% (em 2016) no Brasil, atingindo quase um em cada cinco brasileiros. Os dados inéditos foram divulgados nesta segunda-feira, 17, e  fazem parte da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde (MS). De acordo com o MS, as entrevistas foram realizadas de fevereiro a dezembro de 2016 com 53.210 pessoas maiores de 18 anos das capitais brasileiras.

Segundo a pesquisa, o crescimento da obesidade é um dos fatores que pode ter colaborado para o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão, doenças crônicas não transmissíveis que pioram a condição de vida do brasileiro e podem até matar. O diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016 e o de hipertensão de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. Em ambos os casos, o diagnóstico é mais prevalente em mulheres.

Rio Branco, capital do Acre (AC), foi a que registrou maior prevalência de excesso de peso (índice de 60,6); ao passo que Palmas, capital do Tocantins, registrou menor índice (47,7). Da mesma forma, Palmas foi a capital brasileira a registrar menor prevalência de diagnóstico médico de hipertensão (índice de 16,9), enquanto que o Rio de Janeiro (RJ) registrou  a maior prevalência, com 31,7.

Já a prevalência de diagnóstico médico de diabetes teve maior incidência também no Rio de Janeiro, com índice de 10,4; e menor em Boa Vista (RR), com 5,3. Com um índice de 5,8, Palmas também ficou entre as capitais com menor incidência de diagnóstico desta doença.

O Vigitel, realizado pelo Ministério da Saúde desde 2006, auxilia para conhecer a situação de saúde da população e é utilizado como base para planejar ações e programas que reduzam a ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis.

Excesso de peso e obesidade

A obesidade aumenta com o avanço da idade. Mas mesmo entre os mais jovens, de 25 a 44 anos, atinge indicador alto: 17%. Excesso de peso também cresceu entre a população. Passou de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016. Já é presente em mais da metade dos adultos que residem em capitais do país.

A pesquisa também mostra a mudança no hábito alimentar da população. Os dados apontam uma diminuição da ingestão de ingredientes considerados básicos e tradicionais na mesa do brasileiro. O consumo regular de feijão diminuiu 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016. E apenas 1 entre 3 adultos consomem frutas e hortaliças em cinco dias da semana. Esse quadro mostra a transição alimentar no Brasil, que antes era a desnutrição e agora está entre os países que apresentam altas prevalências de obesidade.

Menos refrigerante

 Entre as mudanças positivas nos hábitos identificados na pesquisa está a redução do consumo regular de refrigerante ou suco artificial. Em 2007, o indicador era de 30,9% e, em 2016 foi 16,5%.

A população com mais de 18 anos está praticando mais atividade física no tempo livre. Em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6%. Nas faixas etárias pesquisadas, os jovens de 18 a 24 anos são os que mais praticam atividades físicas no tempo livre.

Queda da mortalidade

O conjunto de ações do Governo Federal, com expansão do acesso a serviços de saúde, diagnóstico precoce e tratamento, além das ações de promoção da saúde, já impacta na queda de óbitos precoce por Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostra uma redução anual de 2,6% da mortalidade prematura por doenças crônicas entre adultos (30 a 69 anos).

Com isso, o Brasil já cumpre a meta para reduzir mortalidade por doenças crônicas parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011-2022. A meta inicial era de reduzir as taxas de mortalidade prematuras em 2% ao ano até 2022. Anualmente doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, diabetes e câncer respondem por 74% dos óbitos e são a primeira causa de mortes no país.

Confira aqui os dados da pesquisa.

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