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Ministra Kátia Abreu e vice-ministro da Agricultura do Japão conhecem projetos de fruticultura, indústria esmagadora de soja e terminal da VLI
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O vice-ministro de Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Hiromich Matshushima, empresários e técnicos japoneses demonstraram interesse na manhã desta terça, 1° de março, nas técnicas e na produção de frutas no Projeto São João, localizado entre as cidades de Palmas e Porto Nacional. A comitiva de japoneses (que participou do Diálogo Brasil-Japão na segunda) foi conduzida pela ministra da Agricultura, senadora Kátia Abreu, e o prefeito de Porto Nacional, Otoniel Andrade. O projeto São João emprega hoje 600 trabalhadores mas tem a possibilidade de gerar 7,2 mil empregos diretos e indiretos.

A visita é feita no momento em que a Embrapa desenvolve, como anunciou a ministra Kátia Abreu nesta terça, o projeto alimentos funcionais, para desenvolver produtos que além de alimentar, possuem outras funções na saúde da população como os isotônicos e os que combatem radicais livres, como o açaí. No projeto, estão ainda a água de coco e o guaraná. “Queremos assumir a liderança na produção de alimentos funcionais”, destacou a ministra.

O vice-ministro japonês conheceu, no Projeto São João, a plantação de bananas na Chácara Tucunaré, que apresenta uma produtividade de 30 toneladas por hectare. Para 2016, o produtor Márcio Ribeiro Ferreira pretende produzir 660 toneladas de bananas na sua propriedade, a um custo de R$ 2.400,00 por tonelada. A propriedade é um empreendimento familiar, conduzida por um casal de agrônomos. “o mercado é cada vez mais exigente”, diz o produtor que fez um investimento inicial de R$ 50 mil na produção.

O vice-ministro japonês e a ministra Kátia Abreu também visitaram uma produção de açaí no Projeto São João. A Chácara São Francisco possui 150 hectares de área plantada e tem uma produtividade de 16 toneladas por hectare, contra uma média de 6 toneladas por hectare registrada no Estado do Pará. A ideia do produtor Romilton Brito é comercializar o açaí puro e implantar uma indústria para processamento do fruto no próprio projeto. Para ele, no plano de negócios que projetou é possível processar até 30 mil kg  de açaí por dia, com um investimento de R$ 8 milhões.

Outra produção visitada pelos técnicos japoneses foi a de abacaxi, também no projeto São João. Ali, o produtor Marcelo tem cinco milhões de pés de abacaxi Pérola numa área de 200 hectares. A ideia do produtor é implantar uma agroindústria para processamento do fruto. Ele também desenvolve a produção de outra variedade de abacaxi, criada pela Embrapa, que é o abacaxi Imperial. A ideia é produzir abacaxi descascado, sem conservante. Ele cita as vantagens da produção de abacaxi no Estado, como o ciclo da cultura do fruto de 18 meses. Ali, na sua produção, Marcelo é responsável por cerca de 10% de toda a produção de abacaxi do Tocantins.

Ainda na manhã desta terça, a ministra Kátia Abreu e o vice-ministro da Agricultura do Japão, Hiromich Matshushima, conheceram as instalações da esmagadora de soja da Granol, em Porto Nacional, e o projeto do porto da hidrovia naquela cidade, para viabilizar o transporte de cargas, por balsas, de Porto Nacional até o terminal ferroviário de Luzimangues. A empresa tem capacidade para produzir 132 mil toneladas de óleo de soja/ano, 130 mil m³ de biodiesel e 528 mil toneladas de farelo de soja para ração animal/ano, os principais produtos processados na planta da empresa em Porto Nacional.

Também na Granol, a ministra Kátia Abreu, o vice-ministro japonês Hiromich Matshushima e o prefeito Otoniel Andrade, foram apresentados ao projeto de porto e hidrovia para transporte de cargas entre Porto Nacional e o terminal ferroviário da empresa Valor Logística Integrada (VLI) em Luzimangues. Pela logística, os contêineres serão transportados por 2 km até o porto da hidrovia em Porto Nacional, de lá seguem em balsas até o porto de Luzimangues (percurso de 45 km no leito do rio) e aí mais 15 km de caminhão chegam ao terminal. O custo, conforme os técnicos, é mais competitivo que o transporte rodoviário Porto Nacional/Palmas, além de eliminar os entraves como a circulação dos caminhões pelas ruas da Capital.

Se pela rodovia o percurso rodoviário de 90 km da planta da indústria até o terminal ferroviário é feito em duas horas (a um custo de R,00 por tonelada), pela hidrovia, o percurso Porto Nacional/Luzimangues, pela hidrovia (62 km) poderá ser feito em seis horas a um custo de R$ 12,00 a tonelada. A ideia é que o porto da hidrovia já esteja operando até o final deste ano.

A comitiva de técnicos japoneses e autoridades brasileiras terminou o dia conhecendo o terminal ferroviário da VLI (Valor Logística Integrada), no distrito de Luzimangues e que deverá ser inaugurado oficialmente no próximo mês. A VLI, que tem capital de investidores japoneses, pretende fazer investimos da ordem de R$ 9 bilhões. O terminal ferroviário de Luzimangues tem investimentos de R$ 125 milhões e uma capacidade de carregamento de 1.800 toneladas/hora. Conforme apresentação técnica feita nesta tarde à ministra Kátia Abreu e ao vice-ministro japonês, o terminal tem capacidade de carregar até 160 vagões de soja, farelo e milho.

A tecnologia implantada pela empresa conseguiu reduzir para 4,5 horas o carregamento de um vagão. Ali há ainda um armazém com capacidade para armazenar 60 mil toneladas de grãos, com um pátio interno capaz de comportar 50 carretas e uma capacidade de tombamento de 21 caminhões por hora.

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