Após fazer avaliação dos 53 dias de greve na saúde do Tocantins em assembleia geral nesta sexta-feira, 29, na sede central do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Tocantins (Sintras-TO) em Palmas, os servidores decidiram por suspender o movimento paredista voltando com os atendimentos normais nas unidades de saúde do Estado.
Cerca de 200 servidores participaram da assembleia, destes somente 36 profissionais foram contra suspensão da greve, e um servidor se absteve de votar.
Com esta decisão a categoria deu um voto de confiança ao Governo do Estado para garantir seus direitos que é o pagamento dos retroativos do adicional noturno e insalubridade, plantões extras, gratificações, inclusão e pagamento das progressões, além de discutir e regulamentar as condições de trabalho nas unidades de saúde estadual.
A suspensão se dará até o dia 22 de fevereiro e o retorno do movimento grevista está condicionado caso não houver nenhuma proposta e negociação do governo com a categoria entre os dias 15 e 22 de fevereiro. “A categoria lançou um voto de confiança ao governo, mas se não houver negociação e uma proposta coerente com as reivindicações da classe até o fim da suspensão do movimento paredista, a greve retorna novamente em todas as unidades de saúde do Estado”, reforça Manoel Pereira de Miranda, presidente do Sintras.
Conforme o presidente do Sintras assim que o novo gestor da secretaria estadual da saúde for empossado na pasta, o sindicato irá apresentar a proposta para abrir o diálogo e negociações sobre as condições de trabalho. Soma ainda nesta pauta a garantia de segurança aos profissionais e pacientes nas unidades de saúde; alimentação em qualidade e quantidade; repouso noturno de forma regulada; eleições para coordenadores de setores; e fornecimento de insumos, materiais e medicamentos.
Em reunião
Durante reunião no final da manhã desta sexta-feira, 29, o presidente do Sintras, Manoel Miranda, recebeu do secretário de administração, Geferson Barros, uma nova proposta que foi apresentada a categoria durante assembleia.
Na proposta o governo garante o pagamento dos meses atrasados do adicional noturno inclusos na folha de janeiro, ressaltando também o primeiro diálogo com a secretaria de saúde sobre as condições de trabalho dos servidores nos hospitais.
Entre os pontos desta pauta o Sintras destaca o fornecimento de equipamentos de proteção coletiva (E.P. C) e Equipamento de Proteção individual (E.P.I) com qualidade e quantidade objetivando a segurança do paciente e do profissional.
No documento já ficou agendado uma reunião com a Secretaria Estadual de Administração (Secad) e Sintras para continuar a discussões sobre todas as reivindicações da categoria. A Secad também garante que nenhum servidor sofrerá penalidades ou represálias por está participando do movimento paredista.
