Com investimentos de R$ 46 milhões, dos quais R$ 23 milhões pagos este ano, a ministra da Agricultura, senadora Kátia Abreu, anunciou em Palmas a inauguração do Centro de Pesquisas Nacional Embrapa Aquicultura e Pesca para o mês de janeiro, com a presença da presidente Dilma Rousseff. O anúncio foi feito manhã desta quinta-feira, 26, no auditório Cuica, da Universidade Federal do Tocantins na Capital, na abertura do seminário Matopiba - nova fronteira agropecuária do Brasil formada nas regiões limítrofes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
O centro está sendo construído em Palmas e vinha passando até este ano por dificuldades orçamentárias para o término das obras, situação revertida pela ministra que, dos R$ 279 milhões em projetos em andamento no Ministério da Agricultura este ano, conseguiu implementar 40% realizados, com empenhos e pagamentos efetuados. “Em 2016 cumpriremos toda a meta”, acrescentou a ministra.
O evento, realizado nesta manhã, é uma realização do Ministério da Agricultura, Universidade Federal do Tocantins e parceiros, com palestras de professores doutores da UFT e de São Paulo.
A ministra Kátia Abreu anunciou ainda a viabilização, por parte do BNDES, de recursos a fundo perdido da ordem de R$ 50 milhões para investimento na aquicultura e pesca no Matopiba. E mais R$ 5 milhões que serão destinados pelo Ministério da Agricultura para a aquisição de equipamentos destinados ao Centro de Pesquisas Nacional da Embrapa Aquicultura e Pesca, a ser inaugurado no Estado do Tocantins.
A Ministra também informou a decisão de um grupo de empresários (que investem numa zona empresarial na região de Luzimangues) de destinar uma área de 20 mil metros quadrados, na área do pátio multimodal, para a construção de um parque tecnológico de irrigação e agricultura de baixo carbono. Pelo protocolo de intenções, os empresários investirão ainda R$ 40 milhões na construção do parque tecnológico.
Kátia Abreu destacou as ações que já estão sendo viabilizadas pelo Ministério da Agricultura para a implantação da Agência do Matopiba que possibilite o fomento da economia da região. Ela demonstrou os três focos principais da ação especialmente no setor de logística e de pesquisa, tecnologia e inovação. “Precisamos continuar a produzir conhecimento”, disse a Ministra salientando a prioridade do Ministério de elevar a classe de renda dos produtores rurais da região do Matopiba. “Hoje 70% dos mais de 200 mil produtores da região são pobres, estão nas classes D e E”, disse Kátia. “Vamos combater a pobreza, os produtores precisam ganhar mais para ascender na classe de renda”.
Kátia afirmou querer que os nativos dos Estados do Maranhão, Piauí, Bahia e Tocantins recebam as mesmas oportunidades do Estado brasileiro “para não ficarem só assistindo a economia dos outros Estados crescer”, disse a ministra, defendendo uma produção em escala, não só dos grandes mas dos pequenos produtores.
