Há alguns milhões de anos o Tocantins abrigou uma floresta que hoje é considerado um dos maiores registros de vegetais fossilizados do mundo. Sua importância levou a criação do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO), localizada no município de Filadélfia, que completa 15 anos, no próximo dia 4. A unidade de conservação (UC) é administrada pelo Governo do Tocantins, por meio do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
A origem do seu nome se deu em função da existência de sítios paleontológicos existentes na região, onde são encontrados fósseis da flora permiana como gimnospermas e pteridófitas “samambaias” que abrigam informações sobre uma das mais importantes transformações geológicas ocorridas no período Permiano.
Nesses 15 anos o MNfato alcançou importantes conquistas como a infraestrutura física, inaugurada no primeiro semestre. A nova sede possui três blocos distintos, sendo: administração, alojamento e garagem. A estrutura proporciona melhorias nas condições básicas de trabalho aos servidores, apoio a pesquisadores, estudantes, visitantes entre outros, assim como benefícios para a comunidade com o aumento da demanda do turismo científico e ecológico a esse centro.
O gerente do Mnafto, Hermisio Alecrim Aires, ressaltou que diferente da maioria das categorias de unidades de conservação de proteção integral, os monumentos naturais não são necessariamente áreas de domínio público. “Podem estar localizados dentro de propriedades particulares, desde que a utilização da terra e dos recursos naturais pelos proprietários seja compatível com os objetivos da UC”, explicou. Diante deste contexto, Hermísio Alecrim, reforça que a gestão da UC prioriza a promoção do diálogo, alinhando os interesses da Unidade de Conservação com a comunidade e a execução de um conjunto de políticas relacionadas com a gestão territorial, conservação e desenvolvimento socioambiental.
MNAFTO
A unidade de conservação foi criada através da Lei nº 1.179 de 04 de outubro de 2000 e tem como objetivo “proteger e conservar as diversidades biológicas e paleontológicas existentes no local”.
A sede está situada no distrito de Bielândia, município de Filadélfia, região norte do Estado do Tocantins, a aproximadamente 438 km da Capital, e abrange uma área de 32.067,1000 hectares de cerrado.
Sua Zona de Amortecimento engloba parte do município de Babaçulândia (TO). O acesso ocorre através das rodovias TO-010 e a TO-222.
Dentre as ações desenvolvidas na UC destaca-se: o monitoramento do patrimônio fossilífero; o combate a incêndios florestais, por meio da Brigada; a melhoria da imagem da Unidade junto à comunidade local; visita a comunidades do interior e zona de amortecimento para socializar as inter-relações, os valores e os objetivos da UC; recepção de instituições e público em geral na UC e organização das visitas guiadas assim como o oferecimento de logística local a pesquisadores.
