Polí­tica
Governador Marcelo Miranda celebra retorno do diálogo entre estados amazônicos: "Precisamos sair da teoria e ir para a prática"
Foto:Pedro Barbosa/ Secom
Pedro Barbosa/ Secom

Unindo forças na busca de recursos junto ao governo federal para implementar políticas ambientais sustentáveis, governadores, vice-governadores e representantes de oito dos nove estados que compõem a Amazônia Legal reuniram-se nesta sexta-feira, 29, em Cuiabá (MT). O encontro faz parte do Fórum de Governadores da Amazônia Legal e contou com a participação do governador Marcelo Miranda, que na ocasião comemorou o retorno do diálogo entre os estados e defendeu o trabalho integrado entre os gestores. Durante o evento, eles assinaram a “Carta de Cuiabá”, que será entregue à presidenta Dilma Rousseff. O evento foi realizado no Palácio Paiaguás, sede do Poder Executivo doMato Grosso.

“Nossa união é importantíssima para nos fortalecermos junto ao governo federal. Não só na questão ambiental, mas em outros temas que começaremos a discutir a partir de agora. Com essa integração, vamos vencer os obstáculos e espero que possamos ter resultados. O Tocantins não quer ficar de fora deste processo”, ressaltou o governador ao reforçar que é preciso avançar de fato, já que o assunto vem sendo discutido há muito tempo. “Fiquei feliz de voltarmos a rediscutir a Amazônia Legal. Se não tivermos essa atitude não chegaremos onde queremos. É um momento importante para a Amazônia Legal. Agora precisamos sair da teoria e ir para a prática”, enfatizou.

Conforme a secretária de Recursos Hídricos e Meio Ambiente do Tocantins, Meire Carreira, os estados precisam do reconhecimento do governo federal diante dos esforços que têm feito para conter o desmatamento ilegal. “Precisamos de mecanismos de financiamento para essas ações. Isso custa caro no Estado, a exemplo deimplementare conservar as unidades de conservação ambiental. O intuito é conseguir alcançar recursos internos, que estão disponíveis”, comentou, ao destacar que o Governo do Tocantins vem cumprindo seu papel e investindo em políticas ambientais. “Temos a meta de ter uma redução de 40% do desmatamento ilegal e para isso a gente tem que se fortalecer, para que consigamos, efetivamente, esse controle. Temos que fortalecer esse desenvolvimento.”

Anfitrião da reunião, o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, ressaltou a necessidade de os estados amazônicos manterem esse diálogo. Sabemos da nossa responsabilidade nessa questão do desenvolvimento sustentável e esta reunião é por demais importante para que possamos preparar o que levar, em conjunto, à presidenta da República, e para que possamos ter outros instrumentos de compensação. Como governador do Mato Grosso, sempre citoum ditado cuiabano: ‘caititu que anda sozinho é comida de onça”, brincou, ao comparar que um Estado trabalhando isolado tem menos força.

Carta de Cuiabá

Durante a reunião do Fórum, os representantes dos nove estados da Amazônia Legal assinaram a “Carta de Cuiabá” com solicitações ao governo federal. Entre elas estão o apoio à captação de recursos externos pelos estados amazônicos para a redução dos desmatamentos e proteção da floresta;programas de apoio e incentivos econômicos, fiscais e financeiros para consolidação e manutenção das áreas protegidas dos estados amazônicos; além da criação de mecanismos para compensar os estados que contêm mais de 50% de seu território composto por Unidades de Conservação e Terras Indígenas.

 Referência

Durante o encontro, a Diretora de Projetos da Secretaria do GCF - Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas, que engloba sete países, entre eles o Brasil, Collen Lyons, parabenizou a iniciativa dos gestores pordiscutirem um tema de grande relevância mundial, já que os avanços têm acontecido a passos lentos. “Nosso progresso combatendo as mudanças climáticas está sendo devagar, principalmente emnível nacional e internacional. Os acordos internacionais são demorados e muitas vezes não são cumpridos. Estamos perdendo tempo, enquanto nosso mundo está caminhando de maneira muito dramática”, pontuou, ao citar, por outro lado, que ainda há esperança. “Os avanços em nível estadual estão mostrando o caminho muito mais ágil e concreto para combater as realidades de pobreza, as mudanças climáticas no complexo local”, destacou a diretora.

 O coordenador nacional do GCF, Mariano Colini, mostrou que o Brasil hoje é líder em termo de REED+ (Redução de Emissores de Desmatamento e Degradação Ambiental). “Nos últimos oito anos o Brasil reduziu algo em torno de 4.2 bilhões de toneladas de carbono com a redução do desmatamento da Amazônia. Só a redução da Amazônia, hoje, já credencia o Brasil como país que mais reduziu emissões no mundo inteiro”, citou o coordenador.

Participantes

Entre os presentes também estavam os governadores do Amazonas, José Melo; de Roraima, Suely Campos; os vice-governadores de Rondônia, Daniel Pereira; Pará, José da Cruz Marinho; Maranhão, Carlos Brandão, além de secretários de Estado e gestores de áreas afins.

Na comitiva do Tocantins, além do governador e da secretária de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, esteve presente o secretário da Comunicação Social, Rogério Silva.

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