Está marcada para esta terça-feira (28), às 14 horas, no estacionamento em frente à sede do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO), em Palmas, a Assembleia Geral Extraordinária que votará a proposta de alteração do Estatuto do Sindicato.

O presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro negou ao Conexão Tocantins que seja de sua autoria algumas propostas polêmicas com relação à alteração do estatuto do Sindicato. Em entrevista ao Conexão Tocantins ele confirmou que existe um racha na diretoria e cinco diretores, conforme ele argumenta, estariam à frente das proposituras. “Isso aí é capricho por parte de alguns diretores para denegrir o presidente e prejudicar o Sindicato”, acusou.

O racha no Sindicato existe oficialmente desde maio quando Pinheiro passou a ser alvo de várias acusações por parte do grupo de diretores. O grupo de oposição no Sindicato é composto pelo vice-presidente, Nivaldo Sampaio Pedroza além dos diretores  Juvandir Sobral Ribeiro, Marcos Roberto Santos, Samuel Antônio Basso e Albânia Celi Moraes.

O primeiro ponto questionado pelo presidente foi a convocação da Assembleia Geral que acontecerá nesta terça-feira, 28. Ele nega ter feito a convocação. “No dia 1º e novembro a diretoria encaminhou a minuta de alterações do Estatuto e no mesmo dia outro ofício pedindo a convocação da Assembleia”, contou. Conforme o Estatuto além do presidente, alguns diretores podem convocar Assembleia Geral além de 25% da categoria.

A proposta mais polêmica é a proposição do auxílio moradia correspondente a dois salários mínimos (R$ 1.448,00) para diretores, à disposição do Sindicato, que queiram morar em Palmas. “Isso é uma imoralidade. Dia 11 de agosto do ano passado fomos às ruas levando cartazes contra o auxílio moradia e hoje o Sindicato propor isso é a maior imoralidade”, analisou. A nova proposta prevê que até três diretores possam usar o auxílio e além disso até o transporte e despesa com mudança também deverão ficar a cargo do Sindicato se a proposta for aprovada.

Outro questionamento de Pinheiro é a proposta de alteração que estipula que se o presidente estiver ausente do Sindicato, mesmo que seja representando a entidade em algum município, em 24 horas o vice já pode assumir.

Pinheiro apontou também que a diretoria quer tirar o ressarcimento de combustível para os filiados que vierem participar da Assembleia Geral. “Eles querem cercear o direito do servidor participar da Assembleia”, frisou. Outra proposta é centralizar a  votação da eleição do Sindicato apenas em palmas.

O Artigo 101 prevê ainda aumento no número de cargos na diretoria.

Vice-presidente alega correções

Em entrevista ao Conexão Tocantins o vice-presidente alegou que as proposições da diretoria que serão colocadas em apreciação na plenária são para corrigir distorções no Estatuto. Com relação ao auxílio-moradia ele frisou que não há imoralidade. “Não há qualquer imoralidade nisso um diretor de Araguaina que for eleito e terá que vir para Palmas por exemplo terá que se deslocar e ficar aqui. E outra coisa se não tiver isso serão eleitos apenas diretores só de Palmas. E as regionais como ficam”, frisou defendendo a necessidade do auxílio.

O vice-presidente criticou a gestão de Pinheiro e disse também que outro intuito da diretoria é delimitar o mandato de presidente da entidade para até três anos. “Imoral é um estatuto q o presidente tem vida eterna como presidente , queremos reduzir para no máximo três anos”, frisou.

Ele citou também que a esposa do presidente foi nomeada no Sisepe como gerente administrativa e que a diretoria não concordou e ela teve que sair. “Como é que um Sindicato cobra do governo determinadas atitudes mas não cumpre ?”, questionou se referindo à contratação de parentes.

O vice-presidente frisou ainda que a diretoria quer que as decisões sejam colegiadas inclusive a escolha da comissão eleitoral.

Mais de R$ 5 mi

O servidor filiado ao Sisepe paga 1% do seu salário por mês mas um dia trabalhado no mês de março. O orçamento anual do Sindicato é de mais de R$ 5 mi segundo informou Pinheiro ao Conexão Tocantins. Atualmente são 9.700 filiados. A previsão é que 1.400 servidores participem da Assembleia geral.