Desde que assumiu o comando da saúde do Tocantins, a Pro-Saúde vem enfrentando problemas para gerir o setor no Estado. Um dos principais focos é justamente o maior hospital público do Tocantins, o Hospital Geral Público de Palmas (HGPP). Em contato com o Conexão Tocantins, um profissional do HGPP, que não quis se identificar informou que falta atendimento em diversos setores da instituição por ausência de profissionais.

O funcionário frisou que a escassez atinge principalmente o setor de internação, Unidade de Tratamento Intensivo e Fisioterapia. De acordo com a fonte, dezenas de profissionais das áreas foram transferidos sem que outros fossem recolocados para substituição. “Eles não contratam e não pegam ninguém para cobrir o setor. Tinha problemas também no Pronto Socorro, mas acho que já conseguiram resolver”, salientou.

De acordo com o profissional, a situação complica ainda mais no setor pediátrico, onde não existem médicos ou enfermeiros para atender as internações no período da noite. “No infantil não existe atendimento à noite”, disse.

Carga horária longa

Para os que ficaram, segundo informado ao Conexão Tocantins, a carga-horária de trabalho se torna longa, o que pode acarretar problemas nos atendimentos. “Tem médico lá, que está com jornadas longas, mas eles estão se virando”, frisou.

O servidor, que trabalha no setor de fisioterapia informou que vem tentando conseguir informações da Pro-Saúde através da sua coordenação, mas até o momento não obteve respostas para a falta de profissionais no HGPP. “Talvez seja por que não somos uma classe fortalecida, como a dos médicos”, justificou.

Posição da Sesau

O Conexão Tocantins entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual da Saúde para que pudesse apresentar sua versão à respeito da denúncia e foi informado que caberia ao HGPP as informações. Já a assessoria do hospital pediu para que a demanda das informações solicitadas fosse encaminhada por email, o que foi feito pelo site, mas até o fechamento desta matéria, nesta tarde de segunda-feira, 27, ainda não havia obtido resposta. O Conexão Tocantins mantém o espaço aberto para que o hospital possa se posicionar sobre os fatos denunciados.