Economia
Queda na economia palmense é estimada em 6% nos primeiros meses; situação deve melhorar até agosto

De norte a sul da capital Palmas é comum ouvir relatos de dificuldades econômicas e financeiras tanto por parte de consumidores quanto por pequenos e médios empresários da capital. A reclamação é de que o desaquecimento na economia tirou o fôlego de alguns setores que ficaram no limite nos três primeiros meses do ano.

O presidente do Conselho Regional de Economia, Vilmar Carneiro, analisando a economia neste período estimou que a queda foi de 6%. O dado é de baixa fundamentação científica, mas se aproxima do cenário real da capital, conforme explicou o economista. “O governo diz uma coisa e o empresário sente outra”, ponderou, colocando como fator principal a demissão de mais de 15 mil servidores pelo governo estadual como um dos principais fatores.

Na percepção do economista os primeiros três meses foram realmente de baixa perspectiva também porque o governo ficou preso na questão da liberação orçamentária e deixou de dar a dinâmica que a sociedade esperava. “Nos últimos 30 dias de abril, após a aprovação do orçamento, o movimento das obrigações do setor público começou a movimentar a máquina”, ponderou.

Mesmo com os reflexos negativos na economia, analisando de maneira progressiva, as mudanças estão acontecendo. “O fluxo de recursos na economia não é como uma maré é um processo, é meio lento. Os efeitos negativos são instantâneos, mas os positivos são mais demorados”, disse Carneiro.

Segundo o economista, a perda de massa salarial em Palmas gerou a percepção de que as coisas perderam o ritmo “mas isso se refere apenas a uma cidade”, salientou. Dos demitidos pelo governo, mais da metade, oito mil, são de Palmas, daí, possivelmente, o efeito predominante. “Araguaina por exemplo não foi afetada o quanto Palmas porque é menos vinculada ao setor público. O município manteve o ritmo”, salientou Carneiro.

Boas expectativas

Os lucros do mini mercado do senhor Sebastião Luiz, no centro de Palmas, nesses três primeiros meses, com relação ao ano passado, foram reduzidos em 30% segundo afirmou ao Conexão Tocantins. “O que eu vi foi um paradeiro sem fim. Tinha hora que eu pensei que não estava em uma capital”, salientou o comerciante.

Além do pouco fluxo de vendas o microempresário teve ainda que abrir crediário para alguns clientes. “Pensei que essa maré não fosse passar”, frisou. No entanto as expectativas é que a economia volte a se movimentar com mais intensidade.

Comentando o assunto ao Conexão Tocantins, a presidente da Câmara de Dirigentes e Lojistas de Palmas, Cleide Brandão afirmou que os dados mostram perspectivas positivas para a economia palmense. Conforme o IBGE mostrou com relação ao mês passado, por exemplo, no varejo o crescimento foi de 31%.

Outro dado é animador. Mais de 20 mil pessoas conseguiram se reabilitar para comprar e foram excluídas do SPC. “Isso mostra o desenvolvimento do comércio que as pessoas estão ganhando e se reabilitando para comprar novamente”, salientou.

Nas datas comemorativas como o Dia das Mães, por exemplo, a presidente ressalta que a estimativa de vendas é 20% maior que o ano passado. Na pesquisa de intenção de compras para o Dia das Mães 62% dos entrevistados afirmaram ter intenção de fazer compras para presentear, 59,6% querem comprar em Lojas de ruas presentes na faixa de R$ 100,00 a R$ 200,00. “As pessoas querem comprar mais que o ano passado”, analisou a presidente.

Novo fôlego

Na avaliação do presidente do Conselho Regional de Economia, no máximo até agosto o ritmo da economia da capital deve retomar o fluxo normal. “As pessoas agora estão ainda reparcelando as dívidas, estão recebendo salário e quitando as dívidas”, frisou, ao mencionar a recuperação econômica de muitas pessoas que ficaram sem renda na capital em razão das demissões do governo do Estado.

Impulso econômico

O secretário estadual de Indústria e Comércio, Ernane Soares Siqueira afirmou não ter conhecimento da queda de 6% na economia apontada pelo economista. Na visão do secretário, o ritmo segue normal de acordo com o aquecimento de mercado e a chegada de novas empresas nos próximos meses que é o principal objetivo do governo.

“Estamos impulsionando a economia, buscando grandes investimentos, pois só assim vamos consolidar o Estado e progredir”, disse. A procura por empresas de vários ramos para se instalar no Estado cresce a cada dia, conforme o secretário.

O problema segundo o secretário é a falta de qualificação da mão de obra. “O mundo está chegando para o Tocantins, mas não temos mão de obra, precisamos fazer qualificação para os colaboradores em todas as áreas porque o fluxo de empresários aumenta a cada dia”, frisou.

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