Polí­tica
Corrida ao Araguaia: coligações caminham para o entendimento na formação das majoritárias
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Partidos fecham composição para disputa ao Araguaia | Divulgação
Partidos fecham composição para disputa ao Araguaia

A menos de 40 dias das convenções partidárias as chapas majoritárias para a disputa eleitoral de outubro na corrida ao Palácio Araguaia começam a ganhar corpo.

Em meio a tantas dúvidas e especulações em torno de possíveis nomes para compor as chapas majoritárias que disputarão o pleito, a União do Tocantins saiu na frente ao definir como certo o nome do presidente do DEM, deputado João Oliveira como o vice de Siqueira Campos (PSDB).

Enquanto isso, a chapa do governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB), que busca a reeleição, ainda segue indefinida com relação à alianças e certezas nas indicações de candidatos para compor a majoritária ao lado do governador. O PMDB ainda passa por sérias dúvidas no que diz respeito às vagas de vice-governador e senador.

Por fim, vem o Partido dos Trabalhadores, com o ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão, na cabeça de chapa e o senador Sadi Cassol (PT) confirmado como pré-candidato ao senado pelo partido. O PT afirma ter forças para disputar as eleições, mas ainda não fechou ao certo as alianças a serem feitas.

União do Tocantins

Na cabeça de chapa, vem o ex-governador José Wilson Siqueira Campos (PSDB), figura emblemática e controversa no cenário político tocantinense. Adorado por muitos e odiado por tantos outros, Siqueira traz consigo o legado por ter sido uma das lideranças que lutou pela criação do Estado do Tocantins atrelada à de político linha dura, considerado por muitos como autoritário.

Na corrida pela cadeira de vice-governador, acaba de sair do forno o nome do deputado federal João Oliveira (DEM). A indicação de Oliveira reflete, na verdade, uma aliança antiga dentro da política partidária nacional. Aliados históricos DEM - antigo PFL - e PSDB compõem uma aliança afinada há muito tempo em todo o Brasil. O nome de João Oliveira, traz os votos do deputado em sua base eleitoral que á a região Centro-Norte do Estado, e a influência da senadora Kátia Abreu (DEM) na coligação.

Outro cargo já definido dentro da aliança em torno de Siqueira Campos é o 1º ao senado. Este, ficou com o já conhecido senador João Ribeiro (PR) que veio a trazer a força de seu partido para dentro da UT (ou o nome que ficar definido). O PR é um partido forte no Tocantins, uma vez que traz consigo uma leva de 26 prefeitos, além de 5 deputados estaduais.

Entretanto, o partido de João Ribeiro passa por dificuldades em unificar as opiniões e os apoios em torno da candidatura de Siqueira. Nomes como os dos prefeitos Francisco Alves, de Recursolândia; Eurípides Lourenço (Lipe), de Riachinho e Fabion Gomes, de Tocantinópolis, já declararam apoio ao concorrente de Siqueira, o governador Carlos Gaguim.

Dentro da Assembleia Legislativa, João Ribeiro também enfrenta problemas, principalmente, com os deputados Paulo Roberto e Stálin Bucar que já afirmaram que, mesmo que percam legenda, permanecem na base do governador.

O que de fato existe ainda na chapa de Siqueira Campos é a segunda vaga ao senado, que tem três concorrentes: Valderez Castelo Branco (PP), ex-prefeita de Araguaina; Freire Junior (PSDB), ex-deputado federal e Eduardo Gomes (PSDB), atual integrante da Câmara Federal. Dentre estes três nomes, o mais forte é o do deputado Eduardo Gomes, mas por uma questão de composição partidária, a vaga pode ir parar nas mãos da ex-prefeita Valderez. Além de precisar de uma pessoa de renome na região de Araguaina (segundo maior colégio eleitoral do Estado), a coligação de Siqueira necessita do apoio de seu partido, o PP. O presidente da sigla, deputado federal Lázaro Botelho, inclusive, já afirmou ao Conexão Tocantins, que a única coisa que falta para a indicação de Valderez, é o anúncio do ex-governador Siqueira Campos. As negociações, contudo, continuam em aberto.

O filho do ex-governador, ex-senador Eduardo Siqueira Campos foi o nomeado para coordenar a campanha do pai. Ele é o responsável por realizar as definições que ainda faltam.

Além dos partidos já citados, o PV e partidos menores, como PRTB, PSC, PTN, PTC, PTdoB, PRB, PMN, fazem parte da aliança.

Chapa governista

O atual governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) eleito indiretamente para o mandato o tampão depois da cassação do ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) é o cabeça de chapa e candidato à reeleição. A aliança traz a força daquele que é considerado o maior partido do Tocantins, o PMDB. O nome de Gaguim tem ganhado força principalmente pelas ações de governo, como a Caravana Acelera Tocantins, que visa percorrer todas os 139 municípios do Estado. Outro ponto a favor do governador é sua base de apoio dentro da Assembleia Legislativa, que conta com a maioria dos deputados, sendo 5 do PMDB.

O nome do vice na chapa do governador ainda não foi definido. O partido de Gaguim ainda usa essa vaga como moeda de troca na aliança para a composição da majoritária para as eleições. Além dos partidos, já declaradamente, aliados dos peemedebistas (PSB, PPS e PDT) as lideranças do partido já declararam estar em franca negociação com o PT.

O PT, inclusive é cotado pela articulação do PMDB para assumir uma das vagas ao senado dentro da coligação do governador. Uma dessas vagas, certamente irá ficar com o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB), por ser um nome forte e agregar apoio de diversas regiões do Tocantins. Outro nome muito cotado para a segunda vaga senatoria da chapa governista é o do já senador Leomar Quintanilha (PMDB). No entanto, o risco de se compor uma chapa puro-sangue, é de não ter com o que negociar alianças com partidos que sejam importantes na caminhada rumo ao Palácio Araguaia. Por isso a conversa com o PT continua, por se tratar de uma sigla com razoável capital político estadual.

Partido dos Trabalhadores

Nunca se pode deixar de lado um partido que conta com a força dos mais de 80% de aprovação do Presidente da República. Desde que Lula assumiu o cargo maior do Executivo nacional, o PT vem crescendo no rastro da popularidade do presidente. Dentro do Tocantins não é diferente.

A princípio, a intenção do PT era de lançar a candidatura do prefeito de Palmas, Raul Filho. Como o projeto não teve respaldo e o prefeito preferiu se manter no Paço Municipal, o partido lançou mão da candidatura do ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão (PT). A sigla já começou suas movimentações através dos Seminários de Desenvolvimento Social e Econômico que tem apresentado em diversas cidades do interior do Tocantins.

O único outro nome confirmado na majoritária do partido é o do ex-senador Sadi Cassol (PT) que pretende tentar a sua eleição no pleito deste ano. Cassol traz a experiência de ter sido senador por 3 meses, vereador de Palmas e secretário municipal de indústria e comércio.

O partido de Raul Filho busca por alianças neste início de caminhada para as eleições, porém, até o momento, até mesmo o aliado histórico, PCdoB, dá sinais de que prefere a união dos partidos da base do presidente Lula em torno da reeleição de Carlos Gaguim.

O fato é que, mesmo com alguns nomes já encaminhados, as definições reais deverão surgir apenas após a realização das convenções partidárias, em junho. Até lá, muita coisa ainda passa pelo campo especulativo.

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