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“Bobo daquele que pensa que o eleitorado do Tocantins é encabrestado”, diz Totó Cavalcante

O governador Carlos Gaguim (PMDB), em reunião nesta tarde de quinta-feira, 26, com os deputados estaduais e federais da sua base aliada (Moisés Avelino não compareceu), os senadores João Ribeiro (PR) e Leomar Quintanilha (PMDB), assinou decreto instituindo o Conselho Político Estadual, órgão consultivo do governo e que terá como membros efetivos o vice-governador Eduardo Machado; o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júnior Coimbra; secretários Totó Cavalcante (Assuntos Parlamentares) e José Humberto (Governo); a líder do governo na Assembleia Legislativa, Josi Nunes; líderes de partidos, deputados federais e senadores da base governista, além de representantes dos prefeitos e dos vereadores tocantinenses.

A imprensa não teve acesso à reunião após a assinatura do decreto. Totó Cavalcante, idealizador e presidente do órgão, concedeu a seguinte entrevista ao Conexão Tocantins.

CT - O Conselho seria um órgão para dar sustentação e maior governabilidade ao governo Gaguim? O governo de coalizão, pela sua amplitude pode chegar coeso até as convenções partidárias, no mês de junho de 2010?

Totó – Esse é um dos focos. Mas não se limita a esse tipo de ação, porque o Conselho Político é ilimitado, porque a política é, às vezes, a arte de administrar conflitos. Queira ou não, numa sociedade em formação e em evolução, nós teremos que administrar tudo isso. Principalmente nessa metodologia que o Tocantins mostra hoje ao Brasil, que é um novo esquema de governar. Nos países desenvolvidos, essa forma seria o parlamentarismo. E no Tocantins é a experiência do exercício democrático entre o Executivo e o Legislativo. Portanto, o Conselho Político nada mais é que respaldar o governo que quer acertar. O tempo é curto, ele (governador) tem que envolver segmentos da sociedade para que entendam esse tempo curto e a pressa que ele tem em realizar alguma coisa.

CT - O Conselho seria uma espécie de olho clínico do governo para contornar possíveis entreveros políticos pelo interior do Estado e mesmo entre as lideranças políticos dos diversos partidos que compõem a base governista?

Totó – Por aí. É isso mesmo. Você enfocou, inclusive, um dos fatos que recentemente aconteceu em Arraias, que foi a união de um prefeito com o deputado Cacildo Vasconcelos (PP). O prefeito de um partido e Cacildo (Vasconcelos (PP)) de outra legenda e o povo em praça pública aplaudindo a grande obra anunciada pelo governador, que é a mineradora, cujo investimento é da ordem de 500 milhões de dólares.

CT - Secretário, já existem pré-candidatos ao Legislativo chiando porque acreditam que os atuais deputados estaduais serão beneficiados eleitoralmente com os recursos (R$ 2,4 milhões) que terão para as emendas no Orçamento de 2010. O senhor vai se imiscuir nessa questão?

Totó – Olha, Gilson, você que vem acompanhado a evolução do Estado desde a sua criação, posso lhe dizer que o Tocantins está chegando a um processo de que não é o poder, nem a sociedade que vão julgar, em função do próprio poder ou eternizar-se no poder. Entendo que os atuais deputados devem exercitar a política para a recondução deles e, principalmente, no momento atual. Os candidatos e pré-candidatos não podem estar preocupados somente com o mandato deles, mas com a nova metodologia que o Tocantins está vivendo. Antes, passava-se o governo todo e os deputados não eram recebidos pelo chefe do Executivo. Hoje, a parceria, a conversação, o entendimento e a vontade de fazer política estão entre o Executivo e o Parlamento. Mas não é por isso que as lideranças políticas emergentes não vão deixar de participar. O povo é livre. Não é boi que vai pro curral para ser comprado. Afinal de contas, nós já vivemos em um Tocantins mais livre? Bobo daquele que pensa que o eleitorado do Tocantins é encabrestado, um sinal de que o povo tocantinense está numa evolução muito grande. Eu acredito que existem valores emergentes que passarão pelo crivo popular e poderão conquistar seus mandatos para o Legislativo.

CT - Totó, essa reunião com os prefeitos nesta sexta-feira, 27, é um sinal de que o governador vai mesmo dar um socorro emergencial aos municípios? O que o governador tem de novidade pra essa política municipalista?

Totó – É um dos caminhos. Eu gostaria de adiantar pra você, sei o que o governador está pretendendo, além do mais ele quer um entrosamento. Ele (o governador) está iniciando a política de base. Têm algumas notícias, inclusive de cunho social também.

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