Economia
Custo da energia não cai em relação ao salário mínimo no Tocantins

A participação dos gastos com energia elétrica nas despesas daqueles que ganham um salário mínimo tem decaído desde 2004, por conta da combinação de reduções tarifárias e ganho real no valor do piso. Em alguns Estados, como Tocantins, porém, a conta de energia chega ainda a abocanhar um quinto do piso local.

De acordo com levantamento do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) obtido pela Folha, o custo da energia em relação aos salários mínimos estaduais caiu de 24% para 15% nos últimos quatro anos, em dez dos Estados pesquisados. É uma tendência contrária ao contexto mundial, em que os custos nesse segmento são crescentes. Ainda assim, o percentual é considerado elevado pelo Idec. Para o supervisor de Informação do instituto, Carlos Tadeu de Oliveira, uma participação superior a 10% do salário mínimo chega a ser excessiva.

Os Estados em que a energia sai mais pesada no bolso da população, além de Tocantins, são Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. "Certamente, depois do grupo alimentos, a energia elétrica está entre as despesas mais expressivas da população de baixa renda", afirma Oliveira. Ele aponta a "falta de clareza" no mecanismo de reajustes tarifários como a principal dificuldade do consumidor. "Há uma série de compostos para justificar o aumento que muitas vezes foge à compreensão de quem não é especializado." Os preços da energia elétrica declinaram de 2003 para cá.

O primeiro fator a explicar a tendência está no excesso de energia disponível após o racionamento. No mesmo período, houve também um ganho de produtividade, o que deu espaço para reduções tarifárias mais expressivas, explica Francisco Anuatti, professor de economia e administração da USP de Ribeirão Preto. "Passamos por um momento em que as empresas ganharam mais e os consumidores também saíram ganhando", afirma Anuatti. Segundo ele, no entanto, esse momento já está em seu fim, e o consumidor já pode esperar uma conta mais alta já no ano que vem.

Ocorre que o sistema vem recorrendo às termelétricas, especialmente para garantir segurança energética nos próximos anos. "A conta da ativação das usinas já vai arder no ano que vem", diz o professor. Para o presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), Luiz Carlos Guimarães, o país tem uma posição "confortável" quando se comparam os custos de energia em países desenvolvidos. "Tivemos aqui uma expansão do sistema. Lá [nos países ricos], o impacto é muito maior, sem dúvida."

Fonte: Folha on line

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