Tecnologia
Carreira 2012: Como será o profissional de TI daqui 5 anos?

Tendências nascem e morrem em tecnologia com uma velocidade alucinante. Saiba o que você precisa saber para sobreviver no mercado.

Não foram poucas as tendências que nasceram com demandas e propostas revolucionárias para, tempos depois, transformarem-se apenas em uma tentativa de marketing para impulsionar um mercado e morrer pouco depois. Mas tem outras que ficam e essas têm poder para mudar o cenário para sempre.

Analise os últimos cinco anos. Na esfera estritamente corporativa, poucas mudanças foram tão profundas como a oferta de software como serviços (SaaS) ou o outsourcing – e a sua versão globalizada: o offshoring. Soma-se a isso a revolução trazida pela segunda onda da internet, a Web 2.0, com as suas comunidades sociais, a construção coletiva de conhecimento em wikis, os blogs e o universo multimídia em texto, voz e vídeo, e você encontra um cenário completamente diferente. Essas são tendências que mudaram e vão mudar muito mais o ambiente que nos cerca.

Mas como ficam as pessoas em meio a tudo isso? É difícil definir a extensão em que os profissionais de tecnologia, tanto aqueles que já estão no mercado e são gestores, quanto aqueles que começam a sonhar com uma carreira no setor, são afetados por todas essas mudanças.

Para a vice-presidente dos programas executivos do Gartner, Ione Coco, as tendências listadas – terceirização, software como serviço e a Web 2.0 – estão alterando drasticamente o cenário para as pessoas. "Estas tendências estão virando o mundo de cabeça para baixo. Não só o universo de tecnologia, mas o comportamento das empresas e das pessoas", resume. E quando se pensa na formação dos profissionais de tecnologia, defende ela, é preciso analisar com atenção cada grande mudança para evitar ficar desatualizado e fora do mercado.

A especialista afirma que a mudança na força de trabalho é muito forte graças ao movimento de outsourcing. Nos Estados Unidos, a força de trabalho ativa caiu em 18% pela migração das vagas para a Índia. "No futuro, o CIO precisa pensar de maneira cada vez mais abranjente: qual é o melhor país para eu comprar meus serviços?", comenta. Afinal, para o cliente não importa qual é a localização do servidor, ele quer a aplicação funcionando – e com qualidade.

Especificamente no Brasil, uma mudança muito delicada está afetando o perfil das empresas nacionais. E este fato vai mexer profundamente com os profissionais de tecnologia da informação nos próximos cinco anos. "Com a globalização, saímos de três multinacionais para mais de 33 hoje. Conglomerados geram multiplicidade cultural e, na estrutura corporativa, isso não se ensina", argumenta.

No final, aconselha Ione, é preciso combinar o conhecimento técnico, adquirido nas universidades e nos MBAs, e os comportamentais, questões relacionadas como liderança e trabalho em equipe. "Hoje, o segundo ponto é claramente mais importante, ninguém contrata quem não saiba trabalhar em equipe. Para ir além da satisfação do cliente, aumentando a produtividade de TI e dos negócios, o lado comportamental é fundamental", define.

Um dos pontos de conflito para os próximos cinco anos, ressalta a vice-presidente, está na chegada de uma legião de jovens que sempre viveram com a internet ou, como o Gartner prefere chamá-los, os nativos digitais. Para ela, essa movimentação traz uma tensão inerente, já que a maneira deles trabalharem não se encaixa nas métricas estabelecidas hoje. "As empresas vão buscar o talento onde ele estiver. A atual organização hierárquica e as métricas de produtividade já estão ficando desatualizadas e isso tende a piorar se nada for feito", questiona.

Ione Coco destaca que, no choque de gerações, um dos maiores desafios está nas "pessoas-legado". Assim como certos tipos de mainframes que perderam o valor com o passar do tempo e se transformaram em um fardo para a corporação, certos profissionais podem atrapalhar todo o processo de inovação por um comportamento reacionário. "Mudar adultos é mais difícil, precisa convencê-los que ganham mais com as novas tecnologias. No entanto, sempre haverá "pessoas-legado" em qualquer período e em qualquer lugar", define.

Para a especialista, as modificações vão atingir até aqueles perfis tradicionais em tecnologia. Por exemplo, o sargentão que entra em conflito no caso de o funcionário entrar dois minutos atrasado e faz seu bunker no centro de processamento de dados precisa tomar cuidado. "Infelizmente, não posso dizer ainda que ele esteja em extinção, mas se ele perder o emprego, não consegue se recolocar no mercado de trabalho", arremata.

Da redação com informações da COMPUTERWORLD

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