Polí­tica
Dorinha cobra mais políticas públicas e orçamento efetivo para enfrentamento ao feminicídio
Foto:Ascom Dorinha
Ascom Dorinha

Durante a sessão de debates no Senado sobre as causas do aumento do feminicídio e soluções para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher, nesta terça-feira (26), a senadora Professora Dorinha (União), destacou a importância da luta coletiva das mulheres pela igualdade e pelo respeito. Em sua fala, a parlamentar ressaltou que as mulheres não querem favores, mas sim a garantia de direitos e dignidade, lembrando que representam mais de 50% da população, mas ainda ocupam menos de 20% das cadeiras no Congresso Nacional.

Líder da bancada feminina no Senado, Dorinha enfatizou o papel da educação como base para a transformação cultural da sociedade, defendendo que a escola forme cidadãos e cidadãs conscientes, que não naturalizem a violência. A senadora também apontou a necessidade de políticas públicas efetivas, ressaltando que, apesar do avanço do orçamento destinado às mulheres — que alcançou cerca de R$ 240 milhões em 2025 — os recursos ainda são insuficientes para enfrentar o desafio da violência de gênero, da falta de oportunidades e da desigualdade na participação política.

A senadora ainda cobrou mais preparo das forças de segurança pública para o atendimento de mulheres vítimas de violência. “As histórias se repetem a cada dia. Hoje, ganham contornos na mídia, mas depois caem na normalização e no esquecimento. A nossa luta permanente é para que possamos avançar em ajustes na legislação e no seu cumprimento. É preciso que a segurança pública se prepare para receber e acolher a mulher vítima de violência. Para que ela não sofra o deboche e a humilhação quando é obrigada a se deslocar 300 ou 400 quilômetros para ser ouvida em uma delegacia, por alguém que normaliza uma situação de estupro”, disse.

Ao reforçar a defesa das cotas femininas como instrumento de justiça e representatividade, a senadora lembrou que a luta não é contra os homens, mas por uma democracia mais equilibrada e inclusiva. “Enquanto mulheres e crianças continuarem morrendo e sendo violentadas, o Brasil continuará ocupando uma posição vergonhosa no mapa da violência. Nosso compromisso é garantir segurança, voz e oportunidades para todas as mulheres brasileiras”, afirmou.

A senadora ainda chamou atenção para a responsabilidade coletiva de denunciar situações de violência e de apoiar as mulheres que buscam espaço na política e no mercado de trabalho. Segundo Dorinha, o engajamento da sociedade é essencial para transformar os números em mudanças concretas. “Quando uma mulher chega a uma posição de poder, ela precisa abrir caminho para outras. Essa é uma luta que precisa ser coletiva, com a união de mulheres e homens que acreditam em um país mais justo e democrático”, reforçou.

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