Economia
Uso do Pix é maior nos municípios de população mais jovem, aponta estudo da FGVcemif
Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Pix se tornou o meio de pagamento mais frequente na rotina dos brasileiros. A população de até 29 anos é a que utilizou o Pix com maior frequência mensal no ano passado. Os dados fazem parte da segunda edição da pesquisa “Geografia do Pix”, do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira (FGVCemif) da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP).

Transações por usuário

 

O estudo também analisou o uso desse meio de pagamento por taxa de alfabetização nos municípios do país e constatou que, quanto maior o índice de alfabetização da população, maior a taxa de adesão (57,10%) e do valor médio por transação do Pix (R$ 231,43). Nos locais nos quais a alfabetização é mais baixa há uma maior frequência do uso desse meio de pagamento mensalmente.

“Nos municípios mais ricos e alfabetizados, a adesão ao Pix é maior. Entretanto, nos mais pobres, ele é mais usado. Isso pode ocorrer porque usuários de maior renda têm à sua disposição uma diversidade maior de meios de pagamento além do Pix, como cartões, TED etc, ou seja, a intensidade do uso do Pix tende a ser maior na baixa renda”, analisa Lauro Gonzalez, coordenador do FGVcemif e um dos autores do estudo.

Bolsa Família

A pesquisa também dividiu os municípios brasileiros em quatro grupos (quartis) conforme a proporção de beneficiários do Bolsa Família. O resultado mostrou que os municípios com mais beneficiários realizam mais Pix (33 por mês), mas de menor valor (R$ 141,77), apesar de taxa adesão semelhante (51,10%).

Gonzalez, coordenador do FGVcemif, explica os motivos para esses resultados: “além do fator renda e diversidade de meios de pagamento, há evidências de que o Pix se tornou um sinônimo de conta bancária na baixa renda. As contas digitais são usadas principalmente como um meio para fazer Pix. Os ‘bicos’ e a transferência de recursos para amigos e parentes são ‘impulsionadores’ para uso do Pix”.

Metodologia

O estudo “Geografia do Pix” foi realizado por: Fabricio M. Trevisan, Lauro Gonzalez, Eduardo H. Diniz e Adrian Cernev, do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV. Os dados foram colhidos das Estatísticas do Pix por Município referentes ao ano de 2024, disponíveis na Plataforma de Dados Abertos do Banco Central do Brasil, e do cruzamento de dados do Pix com dados do Censo Demográfico de 2022, disponibilizado pelo IBGE. Os autores optaram por selecionar apenas transações de pagamento feitas por pessoas físicas e fizeram um cálculo da média mensal para cada estado, região e município. A partir desses dados, foram desenvolvidos três indicadores:

1 – Adesão: Quantidade de pessoas cadastradas no Pix com residência em determinada área geográfica e que utilizaram o Pix ao menos uma vez no mês, dividida pela população total dessa mesma área;

2 – Frequência de uso: Quantidade de transações realizadas em determinada área geográfica, dividida pela quantidade de usuários dessa mesma área;

3 – Valor médio da transação: Valor total transacionado em determinada área geográfica, dividido pelo total de transações realizadas nessa mesma área.

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