Economia
Lançamentos e vendas de imóveis residenciais devem crescer cerca de 10%
Raimundo Casé, professor de economia da Universidade Federal do Tocantins
Raimundo Casé, professor de economia da Universidade Federal do Tocantins

Quem pensou que o mercado imobiliário estava em queda enganou-se. De acordo com estudos realizados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os lançamentos e as vendas de imóveis residenciais no Brasil em 2018 devem crescer cerca de 10%.

No Tocantins empresas do ramo da construção civil estão animadas com a notícia. No 3º trimestre de 2017 tanto vendas como lançamentos tiveram aumento de 4,2% em residenciais e 14,7% em apartamentos.

O levantamento da CBIC, tem como base 23 cidades e regiões metropolitanas do País, e mostra que o mercado imobiliário está aquecido. Pois entre os meses de julho e setembro de 2017 foram vendidas mais de 19 mil unidades residenciais.

Ao compararmos o segundo trimestre de 2017 com o terceiro observamos que houve uma queda de 5,1%, porém em comparação ao mesmo período do ano anterior, 2016, observa-se que houve um aumento de 4,2%. O estudo afirma que o cenário é de recuperação, já que os lançamentos e as vendas cresceram em relação ao mesmo período do ano anterior.

Para Artur Richter diretor comercial do empreendimento imobiliário Parque das Águas, em Paraíso do Tocantins, esse é um momento ideal para quem pretende investir. “Os compradores devem aproveitar já que os juros e os preços estão mais baixos e também pela facilidade em conseguir um financiamento”, afirma Artur.

O estoque existente de imóveis começa a ser reduzido. A oferta final de unidades residenciais em 2017 apresentou queda de 12,3% em relação ao período anterior, no acumulado do ano, as vendas superaram os lançamentos em 12,6% das unidades vendidas. As vendas e lançamentos aumentaram em 9,4% e 5,2%, respectivamente, em comparação com o ano de 2016.

Segundo Artur Richter, o que dificulta o crescimento com mais qualidade são as questões políticas do país. “Mesmo com esse crescimento, a dificuldade que ainda temos são relacionadas às questões políticas, como por exemplo a reforma da previdência que foi adiada e que provavelmente será votada só no próximo ano”, argumenta o diretor.

Atualmente a Caixa Econômica Federal responde por aproximadamente 70% do financiamento imobiliário e ainda não solucionou seus problemas de enquadramento de capital. Além disso, a caderneta de poupança ainda não se recuperou o suficiente para atender à demanda reprimida no mercado.

Segundo o professor de economia da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Raimundo Casé, o mercado imobiliário nacional foi severamente impactado pela crise econômica e sua recuperação para os anos vindouros deve ser lenta, porém gradual. “O setor possui suas especificidades, notadamente em relação ao montante de recursos financeiros e prazos, desta forma, recorrer ao financiamento é uma regra, o que resulta em um comprometimento financeiro de longo prazo”, afirma Raimundo.

Casé conclui falando sobre questões políticas e cita as eleições de 2018 e sobre como ela deve influenciar nesse processo. “A partir das escolhas políticas, vão surgir novas estratégias financeiras e novas formas de avaliar as tendências de mercado (econômico, standard, médio, luxo, etc), ao mesmo tempo em que devem melhorar sua eficiência organizacional, produtiva, o estabelecimento de parcerias e visão estratégica do setor imobiliário”, conclui o economista.

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