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Servidores em greve ateiam fogo em pneus e bloqueiam principais vias que dão acesso a Palmas; grevistas seguem para o Palácio Araguaia e AL
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Um protesto organizado pelos servidores públicos estaduais do Poder Executivo que aderiram à greve geral bloqueou as principais vias de acesso à cidade de Palmas, logo no início da manhã desta quarta-feira, 31 de agosto. O bloqueio durou cerca de duas horas e o objetivo foi chamar a atenção da população para a postura do Governo do Estado na negociação da data-base, que tem agido de forma truculenta e inflexível, negando-se a negociar com os servidores e a pagar aquilo que é direito constitucional da categoria.

"Foi um bloqueio programado, com hora para iniciar e terminar, feito com responsabilidade para chamar a atenção sem prejudicar a população", esclareceram os presidentes.

Houve concentração dos grevistas e bloqueio das seguintes vias: 1) Ponte Fernando Henrique Cardoso, saída para Paraíso; 2) Ponte da TO 050, trecho que liga Palmas a Porto Nacional, próximo à Estação de Tratamento de Água da Saneatins/Odebrecht; 3) Ponte próxima à faculdade ULBRA, na Avenida Teotônio Segurado; 4) TO 010, Saída para Miracema do Tocantins.

Os manifestantes atearam fogo em pneus e protestaram segurando faixas e cartazes que tratavam do pagamento da data-base. Sete sindicatos organizaram o protesto desta quarta: Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO); Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (SINTRAS-TO); Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTET-TO); Sindicato dos Cirurgiões Dentistas (SICIDETO); Sindicato dos Médicos (SIMED-TO); Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (SEET-TO); Sindicato dos Auditores Fiscais (SINDARE-TO). Os Sindicatos compõem o Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado do Tocantins (MUSME-TO).

Os servidores estão em greve desde o último dia 09 e apesar do Governo afirmar insistentemente que o canal de negociação está aberto, até o momento, alegam que não houve apresentação de proposta para o pagamento e nem reunião de negociação para buscar soluções para o fim da greve. Segundo os presidentes das entidades classistas, o que tem acontecido é que o Governo tem se reunido de forma isolada com alguns Sindicatos que representam categorias que não aderiram à greve geral e que, segundo o próprio Governo, seriam mais sensíveis à situação financeira e argumentos apresentados pelo Estado.

No último dia 30, os Sindicatos que deflagraram greve protocolaram ofício ao Governador Marcelo Miranda, apresentando uma proposta para o pagamento, que solicita o seguinte: 1) implantar o índice de 9,8307% referente à data-base 2016 – do piso ao teto, de forma integral e na folha de pagamento de setembro de 2016; 2) Pagar os retroativos da data-base 2015, em 04 parcelas mensais e iguais, com inclusão na folha de pagamento de setembro de 2016 até a folha de dezembro de 2016; 3) Pagar os retroativos da data-base 2016, em 04 parcelas mensais e iguais, com inclusão na folha de pagamento de janeiro de 2017 até a folha de abril de 2017.

No mesmo documento, os sindicalistas também sugeriram ao Governo três medidas que, se adotadas em caráter de urgência, dão condições financeiras para que o Governo cumpra com o direito dos servidores. São elas: 1) Reduzir a jornada de trabalho para 06 horas corridas, o que trará economia aproximada de 30% por mês com custeio; 2) Reduzir os cargos comissionados, passando dos atuais 5.188 para 2.594, o que possibilitará redução de R$ 9,2 milhões para cerca de R$ 3,7 milhões; 3) Reduzir os contratos temporários, passando dos atuais 13.689 para 6.844, o que possibilitará redução de R$ 34 milhões para aproximadamente R$ 17 milhões.

Ainda de acordo com os Sindicatos, somente com a implementação das medidas nº 02 e 03, o Governo economizará mais de R$ 22,4 milhões por mês.

Protestos 

Para esta quarta-feira, 31, após o protesto nas vias que dão acesso à Capital, os grevistas seguirão para mais um protesto em frente ao Palácio Araguaia, na Praça dos Girassóis. O protesto inicia as 8 horas e contará com a presença de todos os presidentes dos Sindicatos organizadores. Na oportunidade, os Sindicatos tentarão mais uma vez reunir com o Governo.

Em seguida, os grevistas vão para a Assembleia Legislativa, onde ocuparão as galerias e os corredores da Casa de Leis, em busca de buscar o apoio dos deputados estaduais. Desde que iniciou a greve, eles têm buscado todo tipo de apoio para que o canal de negociação com o Governo seja reaberto e assim, haja acordo entre as partes, garantido o cumprimento do direito dos servidores e o retorno dos serviços públicos nos órgãos estaduais. Além dos deputados estaduais, o Ministério Público Estadual também foi procurado pelos grevistas.

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