O governador Siqueira Campos destacou nesta última quarta-feira, 26, a contribuição do agronegócio para os avanços econômicos do Tocantins durante o lançamento da 14ª edição da maior feira do agronegócio na região da Amazônia Legal, a Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins).“É uma satisfação e alegria pelos números apresentados [evolução da Agrotins nos últimos 14 anos]. Essa questão de economia é com a livre iniciativa e com o empresariado. Ao poder público cabe garantir o nível de emprego e que os nossos trabalhadores não vivam de mínimo no final do mês. A evolução da economia do Tocantins é destacada principalmente pelo crescimento do agronegócio no nosso Estado”, disse Siqueira Campos, ao apresentar os números positivos do campo tocantinense.
Segundo o governador, a área plantada de grãos e oleaginosas cresceu 49% entre 2010 e 2014, chegando a mais de 935 mil hectares. “Além disso, nós tivemos uma produção de 1,927 milhão de toneladas em 2010 e chegamos a 3,159 milhões de toneladas em 2014, um crescimento de 73% na produção”, disse. Além disso, áreas como florestas plantadas (174%), fruticultura (34%) e piscicultura (85%) também receberam destaque pelo crescimento apresentado nos últimos anos.
A Agrotins 2014 foi lançada oficialmente nesta manhã, no Palácio Araguaia. Para este ano, a Feira contará com uma estrutura maior, com mais espaço para expositores e uma ala específica voltada para a agricultura familiar, setor destacado pela Organização das Nações Unidas pela Agricultura e Alimentação (FAO). Desta forma, com maior investimento e estrutura, a expectativa é que a Agrotins movimente mais de R$ 550 milhões em negócios entre os dias 6 e 10 de maio.
O ano de 2014, conforme o escritório da ONU para a agricultura e alimentação, é considerado o ano da agricultura familiar. Com base nesta determinação, a Agrotins 2014 tem como público alvo os pequenos produtores tocantinenses. A meta é proporcionar a esta parcela da cadeia produtiva – responsável pela produção de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população – a oportunidade de conhecer novas técnicas, equipamentos e insumos que fortalecerão suas lavouras, levando mais qualidade de vida.
Agrotins 2014
Na abertura do evento oficial de lançamento da Agrotins 2014, o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), Junior Marzola, destacou os avanços da feira desde a primeira edição. Em 2001, conforme os números apresentados pelo gestor, a Agrotins contou com 88 expositores e pouco mais de 10 mil visitantes. Já em 2013, o evento teve 469 expositores e mais de 73 mil visitantes, um aumento considerável.
A 14ª edição da Agrotins vai ser ainda maior, contando com 500 expositores e uma estimativa de público de mais de 75 mil pessoas circulando pelo Centro Agrotecnológico de Palmas durante os dias de feira. Além disso, a área da feira está 15 mil m² maior, com ampliação do estacionamento e maiores áreas de vitrine de grãos e de florestas.
O pavilhão da agricultura familiar deve contar com uma área de 1,2 mil m² que serão aproveitados para exposição de produtos, cursos de capacitação, oficinas e atividades culturais. “Este ano temos pela FAO, o ano da agricultura familiar. Agricultura esta que não tem condições de comprar um caminhão de calcário, uma carreta adubadora e o governo, por meio do Terraforte está, dando este suporte. Isto é política pública de incentivo”, destacou Marzola.
Com maior estrutura, a expectativa dos expositores é pela realização de bons negócios durante o evento, que acabou se tornando uma importante vitrine para as empresas participantes. “A Agrotins é o nosso principal evento de negócios no Tocantins, 50% das nossas metas são alcançadas na feira, onde nós aproveitamos para apresentar nossos produtos mais novos e equipamentos mais modernos”, disse o representante da Case, Ivan Bandeira.
Do ponto de vista da produção de conhecimento, a Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins tem se tornado uma ferramenta para levar novas modalidades produtivas até a base da cadeia, que são os produtores. “Eu vejo a parte de formação extremamente importante, porque os agricultores têm o conhecimento de anos de produção, mas sempre viemos para reforçar esse conhecimento”, frisou a coordenadora de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação do Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp Ulbra), professora Conceição Aparecida Previero. (ATN)
