Era para ser mais um domingo de pescaria esportiva, mas Pedro Henrique Lara, 43 anos, acabou vivendo um feito que se tornou assunto entre pescadores e curiosos. Em pleno Lago de Palmas, ele travou uma disputa de quase 20 minutos com um pirarucu de cerca de 1,80 metro e mais de 150 quilos, um dos maiores peixes de água doce do mundo. A captura, registrada em vídeo e compartilhada nas redes sociais, gerou surpresa até mesmo entre quem já conhecia as riquezas do lago formado pelo represamento do Rio Tocantins. 

“Foi uma surpresa pra mim, porque eu não fui preparado para pegar esse peixe. Sou pescador esportivo há mais de 15 anos e essa foi uma situação isolada, mas o lago já teve outras capturas de pirarucu”, diz, lembrando que recentemente outro pescador pegou três exemplares. Pedro que devolveu o pirarucu ao lago após a foto de registro, como manda a cartilha do pesque e solte.

O pescador também capturou e liberou um filhote de pirarucu no mesmo dia. Para ele, preservar é mais que uma regra é um compromisso. “Nós incentivamos a pesca esportiva no Lago de Palmas e lutamos por essa causa. Hoje somos incentivadores, apoiadores e vigilantes do lago”.

Atrativo turístico

Nativo das bacias dos rios Tocantins e Amazonas, o Pirarucu pode chegar a 3 metros e pesar mais de 200 quilos. Sua presença no Lago de Palmas, ao lado de espécies como o tucunaré, é um trunfo para quem enxerga no turismo de pesca esportiva uma oportunidade de desenvolvimento regional.

“Hoje, a pesca esportiva é o segundo esporte que mais cresce no mundo, perdendo apenas para o futebol. No Brasil, é a maior fonte de renda de várias cidades. Palmas já deveria estar vivendo isso, porque o lago está na nossa porta”, defende Pedro, que participa de campeonatos estaduais e vê na preservação a chave para a economia girar.

Estado preparado

De olho nesse potencial, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Turismo, investe na qualificação de condutores especializados em pesca esportiva e na divulgação da modalidade em feiras de turismo e de pesca. Além do Lago de Palmas, rios como o Araguaia, Javaés e Tocantins oferecem cenários ideais para a prática.

A ideia é criar uma rede de profissionais aptos a atender turistas de diferentes partes do Brasil e do mundo, garantindo experiências seguras e sustentáveis. A estratégia inclui também reforçar a imagem do Tocantins como destino de referência para competições e expedições de pesca esportiva.

Para quem viveu na pele (e nos braços) a força de um pirarucu, como Pedro Henrique, o caminho é claro: preservar o lago é garantir que mais pessoas venham para a Capital viver momentos como esse. Quando o peixe volta para a água, todos ganham, o pescador, o turismo e o Estado. (Ascom Setur)