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Publicidade de apostas em xeque? Google adere ao Conar no Brasil
Foto: rawpixel.com
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Os cassinos licenciados no Brasil, assim como o setor de apostas esportivas com licença online, vêm ganhando força nos últimos anos. Com a regulamentação recente das apostas de quota fixa e o crescimento das parcerias com influenciadores e clubes de futebol, a presença dessas marcas no ambiente digital se tornou cada vez mais comum.

Na semana passada, este tema ganhou um novo capítulo com a adesão do Google Brasil ao CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). A iniciativa marca um avanço importante no fortalecimento das práticas de autorregulação da publicidade online, com impacto direto sobre cassinos com licença, plataformas de anúncios e produtores de conteúdo.

O que significa a entrada do Google no CONAR

O CONAR é o órgão responsável por promover a ética na publicidade brasileira. Composto por representantes de anunciantes, agências, veículos e agora também plataformas digitais, o conselho atua na análise de peças publicitárias com base em denúncias ou processos internos.

Com a entrada no CONAR, o Google passa a colaborar mais ativamente com esse processo. Um dos principais avanços é o uso da ferramenta Google Priority Flagger, que permitirá ao conselho sinalizar, com prioridade, anúncios que possam violar diretrizes do setor, facilitando sua revisão ou retirada.

Esse movimento fortalece o compromisso do Google, primeira Big Tech a aderir ao CONAR, com a transparência e boas práticas na publicidade digital, especialmente em setores de alta exposição como o de apostas.

Por que a publicidade de apostas entrou na mira do CONAR

Com o crescimento do setor, a publicidade relacionada a apostas passou a ocupar diversos espaços: camisas de clubes, transmissões esportivas, vídeos em redes sociais e aplicativos. Com esse alcance gigantesco, surgiram discussões sobre como comunicar esse tipo de conteúdo com clareza e responsabilidade.

O CONAR, inclusive, já atua nesse campo muito antes da checada do Google: Desde 2023, o conselho abriu quase 50 processos contra publicidade de Bets, por questões como ausência de informações sobre riscos ou direcionamento indevido a públicos sensíveis.

O objetivo do CONAR, agora, é aprimorar a fiscalização sobre todos os tipos de propaganda, sobretudo as que envolvem apostas, para garantir que elas sigam critérios éticos e legais.

O que muda com a adesão do Google ao CONAR

Com o Google dentro do sistema de autorregulação do CONAR, a análise e remoção de anúncios questionáveis, especialmente no YouTube, Google Ads e Play Store, será muito mais rápida. A empresa vai passar a compartilhar a responsabilidade de zelar por práticas publicitárias equilibradas, alinhadas às diretrizes nacionais.

Outro ponto importante é que já existem, no STF, discussões sobre o papel das plataformas online na moderação de conteúdos comerciais. A tendência é que as big techs passem a ter responsabilidade ativa sobre o que é veiculado, mesmo sem ordem judicial.

5 dicas para reconhecer uma publicidade de apostas suspeita

Mesmo sendo amplamente debatido e, por muitas vezes, criticado, o mercado de apostas, tanto online quanto offline, não dá sinais de enfraquecimento no Brasil. Recentemente, uma pesquisa do DataSenado mostrou que a maior parte dos brasileiros é a favor da legalização de bingos, cassinos e jogo do bicho.

Se você já foi impactado por uma propaganda de apostas, vale ficar atento a alguns sinais que podem indicar falta de clareza ou desinformação por parte das plataformas. Veja 5 dicas para reconhecer propagandas de apostas suspeitas, que em geral não são feitas pelos melhores cassinos online licenciados:

  1. Promessas irreais de lucro rápido: frases como “ganhe milhares em minutos” não costumam refletir a realidade do mercado.
  2. Falta de alertas sobre riscos: anúncios responsáveis costumam trazer informações sobre a possibilidade de perdas e o risco de vício.
  3. Uso de figuras públicas com autoridade exagerada: celebridades podem transmitir uma imagem de segurança que não corresponde à complexidade do tema.
  4. Conteúdo com forte apelo ao público jovem: a publicidade de apostas deve ser direcionada apenas a maiores de 18 anos.
  5. Publicidade disfarçada em vídeos ou posts: quando não há sinalização de que o conteúdo é patrocinado, o público pode não perceber que se trata de uma ação comercial.

Ficar atento a esses sinais é fundamental para consumir conteúdo de forma mais consciente e segura. A entrada do Google no CONAR reforça a importância da responsabilidade compartilhada entre plataformas, anunciantes e criadores de conteúdo.

À medida que o setor de apostas evolui, cresce também a necessidade de transparência na comunicação, de proteção ao público e de fortalecimento das boas práticas no mercado de apostas.

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