A música pode ter um papel relevante na saúde e no bem-estar de animais de estimação, como cães e gatos. Uma recente pesquisa, conduzida por especialistas em comportamento animal, revelou que a exposição a certos estilos musicais pode ajudar a reduzir os níveis de estresse e ansiedade dos pets. Essa descoberta foi realizada em centros veterinários e lares domésticos, nos quais os pesquisadores monitoraram reações de diferentes espécies a estímulos sonoros.
O estudo identificou que músicas clássicas, especialmente as de compasso suave, e sons da natureza, como água corrente e cantos de pássaros, podem provocar reações de relaxamento e tranquilidade em cães e gatos. Essa resposta ocorre, segundo os especialistas, porque a música atua como estímulo sensorial positivo, promovendo conforto e segurança em situações potencialmente estressantes, como visitas a clínicas veterinárias, períodos de adaptação a novos ambientes e deslocamentos longos em veículos.
As observações ocorreram entre março e abril de 2025 em centros especializados em comportamento animal, onde profissionais expuseram os pets a diferentes gêneros musicais. Os resultados apontaram que músicas instrumentais e batidas suaves são mais eficazes na indução ao relaxamento do que faixas com vocais ou arranjos complexos. Além disso, volumes moderados foram apontados como fundamentais, uma vez que cães e gatos possuem audição mais sensível do que a humana.
Durante os testes, também se verificou que a preferência musical pode variar entre os animais. Alguns cães e gatos mostraram maior aceitação de sons naturais, enquanto outros responderam positivamente a composições clássicas. De acordo com os especialistas, essa variação demonstra a importância da diversificação no repertório musical para evitar a monotonia e manter o estímulo sensorial.
A prática de utilizar música para promover o bem-estar dos animais já é adotada em alguns centros de tratamento e lares, com relatos de melhora na qualidade de vida dos pets. A música tem sido utilizada como ferramenta complementar em terapias de reabilitação e no manejo de comportamentos agressivos ou ansiosos. No entanto, os especialistas alertam que, apesar dos benefícios observados, a música não substitui cuidados médicos e acompanhamento comportamental quando necessário.
Outro ponto destacado pelos pesquisadores é a relevância de se observar a reação dos animais a cada tipo de música. O comportamento de relaxamento ou desconforto pode indicar as preferências individuais e orientar o tutor a ajustar o ambiente sonoro. Além disso, a música deve ser utilizada de forma intercalada e adaptada às situações, como momentos de descanso, alimentação e transporte.
A recomendação final dos especialistas é que os tutores experimentem diferentes estilos musicais para identificar aqueles que melhor se adaptam ao comportamento e às necessidades do animal. Sons suaves, instrumentais e naturais podem ser introduzidos gradualmente no ambiente, sempre respeitando os limites de volume e frequência para evitar sobrecarga sensorial.
A música pode ser uma aliada no cuidado e no bem-estar dos animais de estimação, contribuindo para a redução do estresse e para a criação de um ambiente mais confortável. O tema vem ganhando atenção entre profissionais da área e tutores, que buscam formas de enriquecer a experiência sensorial dos pets e promover sua saúde emocional.
