Palmas
Mesmo em condições severas de estiagem, espécies do cerrado garantem colorido a praças e jardins da Capital
Foto:Luciana Pires
Luciana Pires

A praça da Arse 33 (308 Sul) amanheceu nesta terça-feira, 27, com um grande tapete circular  de cor creme formado por flores de pequi. Ali próximo em um canteiro da Av. LO-05, na grama, mais flores, desta vez, de um ipê cor de rosa. Como explicar a presença de flores tão delicadas em meio a uma estação onde há altas temperaturas e ausência de chuva? A resposta está no cerrado, bioma em que nos períodos de estiagem severa é comum um fenômeno que encanta os olhos em meio à sequidão: a florada de espécies como o cega-machado, a sucupira preta, o pequizeiro e o ipê. Esse fenômeno dá cor e delicadeza às praças e jardins da Capital, graças às flores amarelas, rosas, brancas, roxas e lilases.

A florada indica que a planta se preparou para garantir a reprodução da sua espécie. "Essa preparação começa no período de chuvas, quando essas árvores armazenam seiva elaborada. É de onde elas vão retirar energia para uma florada exuberante na estiagem", explica o engenheiro agrônomo e responsável técnico do Horto Florestal da Fundação de Meio Ambiente (FMA), Roberto Campos.

Segundo o engenheiro, a florada garante a geração de frutos e sementes. "A planta observa os dias mais longos e mais curtos para determinar quando existem condições favoráveis para sua floração e produção de sementes. Estamos em julho e todas essas espécies já soltaram flores. O mês de agosto trará dias de ventos fortes, que vão ajudar justamente na dispersão das sementes pelo solo", acrescenta Campos.

Desta forma, quando as chuvas retornarem, a partir de outubro, as sementes levadas pelos ventos encontrarão condições ideais para germinação, isto é, dias mais longos e oferta abundante de umidade. "A natureza é muito sábia. Tudo isso demonstra a evolução que essas plantas passaram para se adaptar, definir seu ciclo de reprodução e, assim, favorecer a manutenção da sua espécie", conclui.

Horto Florestal

Ipê, fava de bolota, guapeva, aroeira e oiti são algumas das espécies utilizadas pelo Programa MudaClima, gerido pela FMA, em ações ambientais voltadas para ampliação da oferta de cobertura vegetal da Capital de modo que, no futuro, haja uma ampliação das áreas sombreadas para o conforto climático da cidade.

Essas espécies são cultivadas no Horto Florestal da FMA, anteriormente conhecido como Viveiro Educador. No local são produzidas anualmente cerca de 60 mil mudas de espécies nativas para utilização em ações municipais de arborização.

Veja Também

O presidente do Sebrae, Décio Lima, afirma que iniciativa é uma ação do Brasil soberano, que abre novos caminhos...
Um relatório intitulado “PIB da Música”, divulgado com exclusividade pela Associação Nacional da Indústria da Música (ANAFIMA), revela que o setor musical brasileiro movimentou...
Objetivo é ampliar debate com parlamentares, especialistas e consumidores diante de riscos de monopólio e aumento de preços no setor pet...
Segundo a entidade, um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o percentual estimado de pessoas com deficiência visual...
O levantamento aéreo vai analisar a viabilidade de ocupações e subsidiar estudos para futuros processos de regularização fundiária...
O índice acumula queda de 1,35% no ano e alta de 3,03% nos últimos 12 meses. Em agosto de 2024, o IGP-M subira 0,29% no mês...
A demanda por essa ação específica em Formoso do Araguaia partiu de uma solicitação do prefeito daquele município, Israel Borges...
Ao todo, 1.884.035 contribuintes receberão R$ 2,92 bilhões. A maior parte do valor, informou o Fisco, será para contribuintes sem...
O julgamento terá ampla cobertura jornalística. A Corte recebeu 501 pedidos de credenciamento...
A estrutura do evento já está quase finalizada, segundo a gestão de Palmas: o palco, estandes, tendas e...

Mais Lidas

Agenda Cultural

Articulistas

Atividade Parlamentar

campo

Esporte

Meio Jurídico

Patrocinado

Polícia

Sociedade em Foco

Universo Espiritual

Publicidade Institucional